Box 4-5-9, Fev. Mar. 1997 (pág. 7) => http://www.aa.org/newsletters/es_ES/sp_box459_feb-mar97.pdf
Título original: “La espiritualidad se conoce por las obras”.
O
Preâmbulo de A.A. define com clareza: “A.A.
não está ligada a nenhuma seita ou religião, nenhum movimento político, nenhuma
organização ou instituição”. A este respeito escreve Frana K., de Glenside,
Pensilvânia, “quando cheguei em A.A. faz
28 anos, um dos aspectos mais atrativos desta organização milagrosamente
desorganizada era a escrupulosa distinção que se fazia entre a Irmandade e a
religião. Da mesma maneira que muitos membros novos, sentia-me muito incomodada
com a religião tal como eu a tinha conhecido, e tinha pouca experiência com a
espiritualidade”.
Atualmente, Frana diz, “sou grata por saber que todo o que de bom
tenho, minha sobriedade, minha vida, minha família, minha sanidade e inclusive
meu conceito de um poder superior – devo às realidades espirituais que me
ensinaram através do programa de A.A. Ao mesmo tempo compreendi que a mudança
pode ser boa quando significa desenvolvimento, Mas quando dilui ou deforma as
nossas Tradições, acredito que está na hora de consultar a consciência de
Grupo”.
Infelizmente, ela diz, “devido a que os centros de tratamento se
converteram num grande negócio, cada vez mais bêbados inocentes saem da cadeia
de produção e são descarregados às portas de A.A. trazendo uns conhecimentos
tão rudimentares que apenas lhes servem para criar mais problemas... Embora
muitos de nos de maneira cordial e cortês toleramos o uso de alguma oração
cristã, devido a sua importância sentimental para a história deste programa
extraordinário, acredito que devamos fixar um limite. Está em total desacordo
com o espirito das nossas Tradições ecumênicas ter um coordenador que nos anime
a rezar com a pergunta ‘o Pai de quem?’
e ainda pior, ‘quem nos mantem sóbrios?’
em que pesem as boas intenções, o efeito é ofensivo.
Essas perguntas pedem uma afirmação
de fé que apenas é indicada numa igreja. Quando todo o Grupo responde a essas
perguntas dizendo ‘Pai nosso, que estais no céu...’ todos os membros estão manifestando seu
apoio a uma religião em particular. E isto não tem nada a ver com A.A.
Alcoólicos Anônimos tem a ver unicamente com a recuperação através de
princípios espirituais aos quais qualquer pessoa com religião ou sem religião
pode-se adaptar – princípios estes que nos unem para que nós, como membros do
Grupo, possamos nos ajudar, uns aos outros, a mantermo-nos sóbrios e nos
agarrar ao nosso objetivo primordial como expressado na Quinta Tradição: ‘Levar
a mensagem ao alcoólico que ainda sofre’”.
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