Box 4-5-9, Fev. Mar. / 1990 (pág. 3) => http://www.aa.org/newsletters/es_ES/sp_box459_feb-mar90.pdf
Título original: “A.A.... nunca debe ser organizada...”.
O preconizado pela Nona Tradição é tão válido
atualmente (1990) quanto quando as Tradições foram definidas pela
primeira vez. Ela nos diz que a força de A.A. vem dos princípios espirituais e
não de uma direção organizada nem de um governo como na maioria de outros
grupos e organizações; nem de regras nem de regulamentos. Em poucas palavras, “não há chefes em A.A.”. Entretanto,
levando em consideração que alguns elementos de organização são necessários
para a eficácia dos serviços de A.A., a Nona Tradição também dispõe que podem
ser criadas “juntas ou comitês de serviço
diretamente responsáveis perante aqueles a quem prestam serviços.”.
Quando a Nona Tradição
foi redigida pela primeira vez, seu conteúdo foi claramente consistente com o
início humilde da A.A. – a todos agradava a ausência de um governo, e houve
pouca necessidade de juntas e comitês de serviço. Desde aquela época,
entretanto, A.A. tem crescido muito em tamanho, reconhecimento e prestigio. E,
seja gostando ou não, A.A. alcançou uma proeminência internacional e se
converteu numa força importante na sociedade atual. Felizmente, o
desenvolvimento de A.A. não fez acreditar à Irmandade que agora precise de
pessoas no comando – simplesmente há um maior número de AAs que valorizam e
reafirmam o fato de que “não há chefes em
A.A.”.
Entretanto, as
necessidades de serviço do crescente número de membros, ensejaram a formação de
juntas de serviço e comitês mais sofisticados para prestar os serviços
necessários. De forma indireta, o desenvolvimento da Irmandade ocasionou a
necessidade correspondente de que algumas destas entidades sejam formalmente
estruturadas, Por exemplo, o número de Comitês de Área assim como alguns
Escritórios de Serviços Locais está agora constituídos como sociedade (ou
organizados como outro tipo de associação formal) – normalmente como
corporações sem fins lucrativos isentas de impostos (de fato, também há alguns
Grupos constituídos a essa semelhança). O que tem a ver o desenvolvimento de
A.A. com a tal estruturação formal?
Em alguns casos, e possível que tenham percebido a
necessidade de uma estruturação formal quando foi preciso alugar um espaço
comercial; com frequência os proprietários de espaços comerciais exigem que os
possíveis inquilinos sejam entidades formalmente estruturadas, e não grupos de
pessoas informalmente associadas. Ademais, ainda sendo possível alugar o
espaço, poderia ser difícil obter uma apólice de seguros adequada.
Mais importante ainda, alguns comitês perceberam que
há um motivo mais contundente para se organizar formalmente; as disposições
pertinentes da lei quase os obrigam a fazer isso. Dizendo melhor, muitas destas
entidades se mantem pelas contribuições voluntárias e estas entradas, acima de
certa quantia, têm que ser notificadas ao Serviço de Receitas Públicas. Muitos
Estados também têm seus requisitos a este respeito. Para evitar sujeitar-se aos
impostos federais sobre tais entradas, alguns comitês solicitam isenção de
impostos tanto federais como estaduais seguindo os tramites apropriados.
Entretanto, em muitos casos, antes de solicitar a isenção, é preciso
reestruturar o comitê, constituindo-o em sociedade anônima ou outra organização
formal, de acordo com as leis do Estado. E depois de tomar estas medidas, há
requerimentos quanto à notificação dos órgãos arrecadatórios e, em muitos casos
a agencia local do Estado (por exemplo, o Departamento de Contribuições
Caritativas do Escritório de Fiscalização do Estado de Nova York).
Embora à primeira vista tal estrutura e formalidade
pareçam entrar em choque com a Nona Tradição, é importante ter em mente que a
Tradição também nos adverte sobre a inconveniência de um governo interno, e não recomenda que uma
entidade de A.A. evite, a qualquer custo, as obrigações que a lei lhe impõe. Os
comitês locais talvez devam estudar as disposições das leis federais e
estaduais na medida em que estas se relacionam com as atividades desses
comitês, a fim de que as decisões tomadas pelo comitê enquanto à necessidade ou
não de se transformar em uma organização formal, estejam baseadas numa
consciência de Grupo informada.
Compartilhamentos por parte da Irmandade a respeito de como as entidades
de A.A. estão tratando estas considerações decorrentes do desenvolvimento de
A.A., serão bem recebidas no ESG.
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