Box 4-5-9, Natal 2005 (pág. 3-4) => http://www.aa.org/newsletters/es_ES/sp_box459_holiday05-06.pdf
Título original: “A.A.
habla cada vez más los idiomas del mundo”
Há literatura de A.A.
publicada em mais de 80 idiomas e edições do Livro Grande em 52, o que abre as
portas da recuperação a milhões de alcoólicos fora do mundo anglófilo.
A supervisão dos
trabalhos de tradução é feita de uma maneira sistemática; o objetivo é proteger
a integridade da mensagem de A.A. e, ao mesmo tempo, publicar boas traduções da
literatura de A.A. que representem com clareza e exatidão os textos originais.
As traduções são
produzidas de duas maneiras. Às vezes, membros de A.A. ou profissionais que não
são membros de A.A. residentes num país fora da estrutura de EUA/Canadá, se
põem em contato com Alcoholics Anonymous
World Services, Inc. (A.A.W.S.), ou, Serviços Mundiais de A.A. – a editora
do Escritório de Serviços Gerais (ESG) de Nova York, para solicitar uma
tradução de literatura ao idioma do país em questão. Por exemplo, em 2004, Mongólia fez uma solicitação
desse tipo.
Mais frequentemente, os
membros de A.A. de outros países põem-se a fazer traduções por iniciativa
própria. A.A.W.S. recomenda que se comece com as traduções dos folhetos básicos
de recuperação como, por exemplo, “A.A. é
para Mim?”, “44 Perguntas”, e “Um
recém-chegado pergunta...”. Entretanto, diz Liz López, não alcoólica, administradora
de licenças e copyrights (direitos autorais) de A.A.W.S., “Todos querem começar
com o Livro Grande”.
Às vezes o trabalho começa quando um membro ou uma
entidade de A.A. de outro país se oferece para iniciar uma tradução. Primeiro
A.A.W.S. precisa determinar se existe uma necessidade genuína. O trabalho de
tradução supõe recursos financeiros consideráveis e por isso A.A.W.S. não pode
aprovar todas as propostas feitas por membros de A.A. para fazer traduções.
Quando se trata de traduzir o Livro Grande, após A.A.W.S. reconhecer a
necessidade dessa tradução, pede aos pretensos tradutores que apresentem uma
amostra de dois ou três capítulos, incluindo o Capítulo 5.
A seguir, A.A.W.S. envia esta amostra para uma
agência de traduções que presta serviço para A.A. há bastante tempo, para que
faça a avaliação dos trabalhos de tradução.
“Esta
agência que utilizamos para verificar as traduções que recebemos dos AAs de
todas as partes do mundo tem o nível de entendimento adequado e uma boa ideia
do que desejamos e da própria Irmandade. Eles sabem onde têm que olhar”, diz Liz.
Mark Porto, presidente da agência de traduções,
diz: “trabalhar com A.A., simplesmente
produz um desejo de colaborar e fazer tudo o que seja necessário para produzir
um trabalho de elevada qualidade. Percebemos que esta literatura constitui um
elemento muito importante na corda salva-vidas que A.A. oferece a todos que
estão procurando ajuda em todas as partes do mundo”.
Se a tradução for aprovada, isto é, se for
considerada o suficientemente boa para servir de base, é dada luz verde aos AAs
que se propuseram a fazê-la. Como disse Chris C., diretor de publicações do
ESG, numa palestra na Reunião de Serviço Mundial no passado mês de novembro (2005): “é melhor que seja feita uma avaliação antes de dedicar grandes
esforços para fazer uma tradução que no futura a Irmandade poderá não aceitar”.
Se a tradução não for aprovada, é possível que
A.A.W.S. comece a fazer a tradução utilizando os serviços da citada agencia.
“A
exatidão da tradução tem importância especial quando se trata de obras de Bill
W. É essencial que as traduções dos nossos textos básicos - Alcoólicos Anônimos e Doze Passos e Doze Tradições, captem
o tom e o espirito dos textos originais de Bill”, diz Chris.
Em todos os casos, A.A.W.S. detém os direitos
autorais sobre os materiais, seja qual for o tradutor e sem importar onde sejam
impressos ou distribuídos. Desta maneira A.A. preserva a integridade dos
escritos.
A.A.W.S. concede licenças, sujeitas a renovação,
aos escritórios de serviços centrais e locais ou outras entidades de A.A. de
outros países. As licenças concedem aos AAs dos países solicitantes permissão
para traduzir, imprimir ou distribuir a literatura especificada no documento.
Os Escritórios de Serviços Gerais – ESG´s, estabelecidos, por exemplo, em
Portugal e Japão, assim como os de muitos outros países. Têm licença para fazer
as três coisas. Porém, em muitos casos, A.A.W.S. encarrega-se de imprimir e
distribuir os materiais.
A.A.W.S. detém os direitos autorais de aproximadamente
650 textos de A.A., desde o Livro Grande até o folheto “44 Perguntas”. Atualmente (2005),
estão em curso umas 20 traduções de varias publicações de A.A.
“Fazemos
todo o possível para colaborar com os membros de A.A. de todas as partes do
mundo que estão fazendo traduções”, diz Liz. Mas sempre há certa condescendência ao escolher as palavras ou
frases apropriadas nas traduções. “Quando
há desacordo entre os tradutores de A.A. daqui (EUA/Canadá) e os de outro país,
concedemos apos tradutores do outro país o benefício da dúvida”.
Uldis D., que nasceu em Riga, Letónia e conseguiu
sua sobriedade nos EUA, diz que quando voltou a Riga em 1998, foi convidado a fazer a tradução do Livro Grande. Havia cinco
anos que estavam trabalhando nesse projeto. “Nossa
equipe de tradução era formada por um poeta letão que podia ler inglês, um
professor de música que podia ler a tradução ao alemão, um professor de
geografia e eu, que havia morado nos EUA, e tinha 16 anos de sobriedade”, diz
Uldis, cuja experiência é parecida com a de outros países.
“Acredito
ser necessário que algum membro da equipe tenha conhecimento da história
americana dos anos de 1930 e esteja
familiarizado com o jargão daquela época. Pelo fato de haver morado nos EUA, eu
com 60 anos de idade conhecia muitos dos termos utilizados no original do Livro
Grande”, diz Uldis. “Finalmente, depois de anos de trabalho, em
julho de 2003 enviamos a tradução
por correio eletrônico ao ESG de Nova York, e recebemos a avaliação de um
tradutor desconhecido para nós, mas de grande competência profissional.
Repassamos as correções e os comentários, que foram aceitos u não, de acordo
com nosso critério. No final, o trabalho foi excelente”.
Ao longo dos anos seguintes, os capítulos
traduzidos iam sendo enviados de Riga para A.A.W.S. em Nova York e eram
devolvidos com revisões sugeridas. Na primavera passada, foi publicado o Livro
Grande em letão. “Não nos importou
absolutamente quanto tempo levou para fazer a tradução correta e submetê-la a
comprovação; já recebi comentários muito favoráveis quanto à qualidade do texto
e o fato de que a obra tem emoções associadas”, diz Uldis. “Acredito que a tradução leva a mensagem
tal como está expressa no original”.
Em Israel, faz três anos e meio que os AAs estão
traduzindo o Livro Grande ao hebraico. Ioni R., um A.A. de Tel Aviv, diz que as
traduções do Livro Grande que ele leu quando alcançou a sobriedade em 2001 não
tinham a fluidez do hebraico moderno. “Eu
comecei a fazer uma tradução da ‘História de Bill’ do Livro Grande”, diz
Ioni. Outro companheiro israelense, este com 20 anos de sobriedade, ficou muito
bem impressionado com a tradução de Ioni.
Depois de algumas discussões com outros AAs de Tel
Aviv, chegou-se ao consenso de que existia uma necessidade urgente de publicar
uma nova tradução ao hebraico do Livro Grande, uma versão que cumprisse com os
requisitos para conseguir uma licença de A.A.W.S.
“Reuniram-se
uns quantos companheiros, alguns para ajudar na tradução e outros para revisar
e corrigir o texto”, diz Ioni.
Passado algum tempo, o grupo enviou a A.A.W.S.
vários capítulos traduzidos como amostra, e em fevereiro de 2002 recebeu luz verde para continuar.
No que se refere à revisão e comprovação do texto que é feita no ESG de Nova
York, Ioni diz: “Estamos muito
satisfeitos por poder fazê-lo assim, de seguir as normas para que se aprove a
tradução. Não vemos nenhum inconveniente em submeter a tradução ao processo de
avaliação”. No verão passado (2005),
já tinham sido concluídos nove capítulos. “Demoramos
algum tempo, mas considero o trabalho como um serviço. Talvez, depois de
terminar este projeto, possamos começar a traduzir outros materiais”, diz
Ioni.
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