Box 4-5-9, Fev. Mar. / 2007 (pág. 3-4) => http://www.aa.org/newsletters/es_ES/sp_box459_febmar07.pdf
Título original: “Fotos
en los eventos de A.A. Pensar antes de pulsar”.
Atualmente,
quando se podem bater fotos dos nossos amigos de A.A. com um rápido movimento
de “focalizar e clicar” a partir de
qualquer telefone celular, está mais fácil que nunca esquecer a Decima Primeira
Tradição de A.A. que diz: “Nossas
relações com o público baseiam-se na atração em vez da promoção; cabe-nos
sempre preservar o anonimato pessoal na imprensa, no radio e em filmes”. E
de fato, esta Tradição resistiu às provas do tempo.
Na
Conferência de Serviços Gerais de 1974,
Ruth H., então Delegada do Sudeste de Nova York, disse: “Recentemente um membro local tirou fotos de todos os assistentes a um
aniversário pessoal, sem perguntar a ninguém se queria ou não ser fotografado.
O participante de honra (que está sóbrio há muitos anos em A.A.) foi
fotografado junto com os oradores e cortando o bolo, como se fosse um
casamento. Quando perguntou ao fotógrafo se havia pedido permissão aos
assistentes para tirar fotos, ele disse: ‘É o meu Grupo e a câmera é minha’”. Em outro caso, relatou Ruth, um
membro que tinha sido fotografado na reunião de seu aniversario, “ingenuamente colocou a fotografia na mesa
da sala de estar da sua casa. Um vizinho entrou, olhou e indicou com o dedo
outra pessoa na foto dizendo ‘não sabia que ele era membro de A.A.’”.
Esse
assunto, disse Ruth, “foi apresentado na
assembleia de Área. Alguns disseram: ‘todo mundo me via bêbado, porque
haveria de me esconder em A.A.?’”.
Outros opinavam que se poderia afugentar os principiantes, ou, pelo contrário,
os principiantes podem pensar que ficaria bem chegar na próxima reunião de
aniversário munido de uma câmera. Depois de discutir o assunto, Ruth disse, “a assembleia aprovou a moção de que nosso
comitê de Área ‘sugere energicamente’ que
não sejam feitas fotografias em nenhuma reunião de A.A. – para proteger o
anonimato de todos os presentes e não afugentar os participantes, uma vez que
fazer fotos viola ‘o espirito da Primeira, Décima Primeira e Décima Segunda
Tradições’”.
Atualmente,
a decisão de fazer ou não fazer fotos de membros de A.A. nos eventos de A.A. é
um assunto de consciência de Grupo. Por exemplo, antes ou depois do último café
da manhã/almoço da Conferência de Serviços Gerais, são feitas muitas
fotografias – mas não durante nenhuma das sessões plenárias. De acordo com um
membro do pessoal do Escritório de Serviços Gerais – ESG, a experiência
coletiva de A.A. indica que deve ser consultada a consciência de Grupo antes de
tomar uma decisão desse tipo. Se a consciência de Grupo não aprova que se façam
fotos, seria prudente anunciar essa decisão de forma reiterada a todo o Grupo.
E em todos os casos, antes de fazer uma fotografia de um ou mais membros, é
sugerido pedir permissão tanto a eles como ao servidor indicado pelo Grupo para
lidar com esse assunto.
Repetidamente,
a experiência demonstrou aos AAs que estar no foco do público é perigoso para a
nossa sobriedade pessoal – e para nossa sobrevivência coletiva se quebramos o
anonimato diante do público e depois nos embriagamos. Mas, como disse Bill W., nosso
cofundador, “era preciso dar a conhecer
A.A. de alguma maneira. Assim, recorremos à ideia de que seria muito melhor
deixar que nossos amigos o fizessem por nós” – entre eles, nossos sete
Custódios não alcoólicos (no Brasil são quatro). Podem ficar na frente das
câmeras ou utilizar seus nomes completos sem risco para si próprios ou para a
Irmandade. Assim, fazem chegar a mensagem de A.A. a muitos alcoólicos doentes e
aos profissionais que os assessoram e cuidam deles.
Numa
seção do Livro de Trabalho de Informação Pública são oferecidas sugestões “Para levar a mensagem através dos meios de
comunicação”. Sugere que quando um membro de A.A. aparece na TV, o rádio ou
internet, e se identifica como tal, “será
prudente fazer alguns acertos anteriores com o entrevistador para que seja
utilizado apenas o primeiro nome, e para que sua imagem apareça em forma de
silhueta, sem possibilidade de ser identificada. Na Conferência de Serviços
Gerais de 1968, foi manifestada a
opinião de que ‘aparecer na TV de uma maneira que se possa ver todo o rosto
é uma quebra de anonimato ainda que não seja revelado o nome completo’”. Entretanto, se um membro de A.A.
aparece publicamente como um alcoólico em recuperação, mas não revela que é
membro de A.A., “não há nenhum problema
com respeito ao anonimato. O membro aparece como qualquer outro convidado pode
utilizar seu nome completo e sua imagem pode ser reproduzida normalmente”.
É
importante ter em conta que “um membro de
A.A. que apareça como tal, com o anonimato protegido, em um programa de
entrevistas deve explicar com antecedência ao entrevistador que os AAs
tradicionalmente limitam seus comentários ao programa de A.A. O membro não se
apresenta como um especialista nem fala a respeito da doença do alcoolismo, as
drogas, o índice de suicídios, etc.”. Tradicionalmente, “os AAs falam por si próprios, não pela
Irmandade em seu conjunto”. Geralmente costumam ressaltar que “o único interesse de A.A. é a recuperação e
a sobriedade continuada” dos alcoólicos que procuram a Irmandade em busca
de ajuda. E que, “quando falamos como
membros de A.A. nos asseguramos de dizer que A.A. não opina sobre assuntos
alheios à Irmandade”.
Ao
refletir sobre as nossas Tradições de anonimato no número de outubro de 1948 da Grapevine, Bill W. expressou com franqueza e um toque de humor, uma
ideia que ainda tem ressonância na atualidade: “Temos bons amigos à direita e à esquerda, tanto entre os
proibicionistas como entre os anti proibicionistas. Como a maioria das
sociedades, às vezes somos escandalosos – mas nunca em público... Nossos amigos
da imprensa e do rádio superaram-se a si próprios. Qualquer um pode ver que
parecemos estar mimados. Nossa reputação já é muito melhor que o nosso caráter
real”.
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