Box 4-5-9, Ago. Set. 1981 (pág. 1 e 6)
=> http://www.aa.org/newsletters/es_ES/sp_box459_aug-sept81.pdf
Título original: “¿Que son grupos ‘especiales’ de
A.A.? ¿Por
que se necesitan?”.
Todos
conhecemos pessoas pertencentes a uma variada gama de profissões, com variadas
preferências, que estão sóbrios porque têm “o
único requisito para ser Membro de Alcoólicos Anônimos é o desejo de parar de
beber”.
Alguns AAs,
entretanto, parecem ficar alarmados com a onda de Grupos “especiais” para médicos, mulheres, homens, jovens, homossexuais,
advogados, membros do clero – que parece indicar uma tendência à exclusividade.
Esta carta, enviada pelo secretário
de um Grupo, é típica das muitas que chegam ao Escritório de Serviços Gerais –
ESG: “Numa reunião recente, anunciei o
aniversário de um Grupo de A.A. ‘somente para mulheres’. Na Reunião de Serviço seguinte alguém perguntou a respeito das
condições de um Grupo que restringe seus membros. Continuou citando a Terceira
Tradição. Houve uma discussão pró e contra, mas não se conseguiu chegar a
nenhuma resolução. Poderiam nos ajudar-nos nesta questão?”.
Esta simples pergunta traz à tona
uma variedade de temas de discussão. Pode-se registrar como um Grupo de A.A. um
grupo que exclui qualquer alcoólico?
A Conferência de Serviços Gerais responde não
a este assunto, e assim, o ESG faz a distinção entre um Grupo (inscrito nos
diretórios – ou listas, de A.A.) e uma reunião (não inscrita)
O Dr. John L. Norris, coordenador da
Conferência naquele então, fez essa distinção durante uma apresentação em 1977:
“Em
geral, nos inclinamos para este raciocínio: Quando são acrescentados outros
requisitos que poderiam excluir outros alcoólicos, estas deveriam ser
consideradas reuniões de A.A. e não Grupos de A.A. Nunca desanimamos os AAs que
criem reuniões com um propósito especial de qualquer índole que possam
preencher as necessidades dos indivíduos interessados, mas, vacilamos em
considerar como grupos aqueles que poderiam excluir algum alcoólico, por
qualquer razão.
Muitos
membros sentem que nenhum grupo deve ser qualificado como tal, ou ainda dar a impressão
de que é especial. Entretanto, o fato é que estes Grupos existem, e sentem que
os ‘rótulos’ (dupla identificação) servem de atração e não querem dizer que
implicam exclusão de outros alcoólicos”.
Realmente, entanto que Grupos
especiais são formados para satisfazer as necessidades de certo grupo dentro de
A.A., geralmente não são exclusivos, mas abertos a qualquer membro de A.A. (um
homem que encontrou a sobriedade aos 70 anos de idade assistiu sua primeira
reunião em um Grupo de jovens – e pode se identificar!).
Existe verdadeira necessidade de que
existam Grupos especiais? Em um artigo na Grapevine
de outubro de 1977, K. S. disse:
“Quando
falei a respeito do propósito de tais Grupos com as pessoas que participam
deles, demostraram que definitivamente acreditavam que não podiam se abrir
totalmente ao falar de si próprios na maioria dos Grupos de A.A. Os
homossexuais acreditam que sua orientação sexual e as características de suas
relações afetivas não seriam compreendidas ou aceitas nas reuniões de A.A.
regulares. Os jovens estão convencidos de que os membros de mais idade não
compreende sua maneira de viver. E os profissionais notam que encontram melhor
compreensão entre seus colegas, particularmente em assuntos relacionados com
sua conduta profissional quando eram alcoólicos na ativa.
Os membros desses grupos especiais
estão convencidos que muitos deles não teriam ficado em A.A. se tivessem que
ingressar através de um Grupo regular.
Concordemos ou não com esta maneira
de pensar, a realidade é que muitos alcoólicos acreditam nisto. E acreditam com
tanta firmeza que formam estes Grupos e fazem-nos funcionar”.
Para
mais informação a respeito de como se constitui um Grupo de A.A., favor
observar a seguinte declaração nos diretórios:
Muitos
Grupos especializados encontraram benefícios ao se organizar a nível
internacional, com um comitê executivo centralizado e um endereço postal onde
os AAs interessados podem escrever solicitando informações. Os Escritórios de
A.A. têm uma lista dos Grupos especiais internacionais com informação
atualizada para quem queira contatá-los.
Alguns
deles: Birds of a Feather – BOAF
(para pilotos e profissionais da aviação); Conselho Internacional de Jovens;
Conselho Internacional de homens Homossexuais e Mulheres Lésbicas; Grupos
Internacionais de Médicos, de Advogados, Etc.
Alguns
deste Grupos não só compartilham informação e experiência, mas também realizam
Conferencias ou Encontros anuais (*).
Outros Grupos funcionam apenas através de correspondência, como os Grupos por
Correspondência para Surdos, World Hello – um serviço aos membros que têm
problemas auditivos ou não pode participar das reuniões regulares. (Outro tipo de Reuniões por correspondência
criado em 1946 para trabalhadores no
mar é Internacionalistas e Solitários).
Entretanto,
seja qual for a finalidade secundária, qualquer Grupo de A.A. – organizado ou
não, tem um único propósito primordial: a recuperação do alcoolismo. <=
Fim da transcrição.
(*) N.T.: Em
2012 celebraram-se entre outros
eventos: a
54ª Conferência Interacional de Jovens em A.A.; a 48ª
Conferência Internacional de Mulheres em A.A.; a
7ª Conferência Internacional de Idosos Sóbrios em A.A.; a 62ª Reunião Internacional Anual de Médicos em A.A.; a
37ª Conferência Internacional de Advogados em A.A.; a 22ª Conferência Anual Intencional de Nativos Americanos em A.A. etc.
PARA SABER MAIS:
N.T.: O
livreto The A.A. Group... Were it begins (O
Grupo de A.A. ...Onde Tudo Começa) – na sua última edição revisada, 2006, e distribuído aos Grupos dos
EUA/Canadá - em inglês, francês e español, no terceiro parágrafo da página 12
diz:
“Alguns
AAs se reúnem em Grupos especializados (*) – para homens, mulheres, jovens, médicos,
homossexuais e outros. Se todos os membros são alcoólicos, e se mantém a porta
aberta a todo alcoólico que procure ajuda, seja qual for sua profissão, sexo,
idade, etc., e se cumprem com os demais requisitos que definem um Grupo de
A.A., podem se chamar um Grupo de A.A.”
http://www.aa.org/pdf/products/sp-16_theaagroup.pdf
(*) Originalmente
estes Grupos eram nomeados de “propósitos
especiais”. Por recomendação da Conferência de Serviços Gerais de 1977 – EUA/ Canadá, passaram a se
nomear Grupos de “composição especial”,
“especiais” ou “especializados”,
para que sua denominação não fosse confundida com o “propósito único” de todos os Grupos de A.A.
O GSO (Escritório de Serviços Gerais) através do
seu boletim oficial Box 4-5-9 de Fev./ Mar. 2008 - http://www.aa.org/newsletters/es_ES/sp_box459_febmar08.pdf, na página 9 respondeu
a seguinte pergunta:
Pergunta: Fazem parte de A.A. os Grupos
especiais para mulheres, negros, jovens, homossexuais, médicos, advogados,
nativos, etc.?
Resposta: Os Grupos de composição especial,
com tanto que não tenham outra afiliação ou propósito, fazem parte de A.A. e
têm uma longa história na Irmandade. Existem reuniões especiais para membros
com determinadas profissões, tais como médicos, advogados, agentes da ordem
pública ou profissionais da indústria aeronáutica que não aparecem nas listas
publicadas pelos órgãos de serviço, uma vez que não se destinam aos membros de
forma geral nem para o público. Com tanto que não tenham outra afiliação ou
propósito, são consideradas reuniões de A.A. De acordo com nossa experiência,
estas reuniões especiais podem ser úteis aos iniciantes que no começo podem
sentir-se incomodados nas reuniões normais de A.A. O GSO (Escritório de
Serviços Gerais, em Nova York), inclui estes Grupos especiais nas suas listas
deixando claro que não será negada a entrada a qualquer alcoólico que chegue a
um Grupo desse tipo por não ter o recurso imediato de participar de uma reunião
normal de A.A. Por exemplo, um Grupo de mulheres pode abrir sua reunião para
acolher um homem numa reunião se não há disponível outra reunião de A.A. num
lugar próximo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário