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sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

4.5. O que são os Grupos “Especiais” de A.A. Porque são necessários


Box 4-5-9, Ago. Set. 1981 (pág. 1 e 6) => http://www.aa.org/newsletters/es_ES/sp_box459_aug-sept81.pdf
Título original: ¿Que son grupos ‘especiales’ de A.A.? ¿Por que se necesitan?”.

Todos conhecemos pessoas pertencentes a uma variada gama de profissões, com variadas preferências, que estão sóbrios porque têm “o único requisito para ser Membro de Alcoólicos Anônimos é o desejo de parar de beber”.
Alguns AAs, entretanto, parecem ficar alarmados com a onda de Grupos “especiais” para médicos, mulheres, homens, jovens, homossexuais, advogados, membros do clero – que parece indicar uma tendência à exclusividade.
            Esta carta, enviada pelo secretário de um Grupo, é típica das muitas que chegam ao Escritório de Serviços Gerais – ESG: “Numa reunião recente, anunciei o aniversário de um Grupo de A.A. ‘somente para mulheres’. Na Reunião de Serviço seguinte alguém perguntou a respeito das condições de um Grupo que restringe seus membros. Continuou citando a Terceira Tradição. Houve uma discussão pró e contra, mas não se conseguiu chegar a nenhuma resolução. Poderiam nos ajudar-nos nesta questão?”.
            Esta simples pergunta traz à tona uma variedade de temas de discussão. Pode-se registrar como um Grupo de A.A. um grupo que exclui qualquer alcoólico? A Conferência de Serviços Gerais responde não a este assunto, e assim, o ESG faz a distinção entre um Grupo (inscrito nos diretórios – ou listas, de A.A.) e uma reunião (não inscrita)
            O Dr. John L. Norris, coordenador da Conferência naquele então, fez essa distinção durante uma apresentação em 1977:
            “Em geral, nos inclinamos para este raciocínio: Quando são acrescentados outros requisitos que poderiam excluir outros alcoólicos, estas deveriam ser consideradas reuniões de A.A. e não Grupos de A.A. Nunca desanimamos os AAs que criem reuniões com um propósito especial de qualquer índole que possam preencher as necessidades dos indivíduos interessados, mas, vacilamos em considerar como grupos aqueles que poderiam excluir algum alcoólico, por qualquer razão.
Muitos membros sentem que nenhum grupo deve ser qualificado como tal, ou ainda dar a impressão de que é especial. Entretanto, o fato é que estes Grupos existem, e sentem que os ‘rótulos’ (dupla identificação) servem de atração e não querem dizer que implicam exclusão de outros alcoólicos”.
            Realmente, entanto que Grupos especiais são formados para satisfazer as necessidades de certo grupo dentro de A.A., geralmente não são exclusivos, mas abertos a qualquer membro de A.A. (um homem que encontrou a sobriedade aos 70 anos de idade assistiu sua primeira reunião em um Grupo de jovens – e pode se identificar!).
            Existe verdadeira necessidade de que existam Grupos especiais? Em um artigo na Grapevine de outubro de 1977, K. S. disse:
            “Quando falei a respeito do propósito de tais Grupos com as pessoas que participam deles, demostraram que definitivamente acreditavam que não podiam se abrir totalmente ao falar de si próprios na maioria dos Grupos de A.A. Os homossexuais acreditam que sua orientação sexual e as características de suas relações afetivas não seriam compreendidas ou aceitas nas reuniões de A.A. regulares. Os jovens estão convencidos de que os membros de mais idade não compreende sua maneira de viver. E os profissionais notam que encontram melhor compreensão entre seus colegas, particularmente em assuntos relacionados com sua conduta profissional quando eram alcoólicos na ativa.
            Os membros desses grupos especiais estão convencidos que muitos deles não teriam ficado em A.A. se tivessem que ingressar através de um Grupo regular.
            Concordemos ou não com esta maneira de pensar, a realidade é que muitos alcoólicos acreditam nisto. E acreditam com tanta firmeza que formam estes Grupos e fazem-nos funcionar”.
Para mais informação a respeito de como se constitui um Grupo de A.A., favor observar a seguinte declaração nos diretórios:
Muitos Grupos especializados encontraram benefícios ao se organizar a nível internacional, com um comitê executivo centralizado e um endereço postal onde os AAs interessados podem escrever solicitando informações. Os Escritórios de A.A. têm uma lista dos Grupos especiais internacionais com informação atualizada para quem queira contatá-los.
Alguns deles: Birds of a Feather – BOAF (para pilotos e profissionais da aviação); Conselho Internacional de Jovens; Conselho Internacional de homens Homossexuais e Mulheres Lésbicas; Grupos Internacionais de Médicos, de Advogados, Etc.
Alguns deste Grupos não só compartilham informação e experiência, mas também realizam Conferencias ou Encontros anuais (*). Outros Grupos funcionam apenas através de correspondência, como os Grupos por Correspondência para Surdos, World Hello – um serviço aos membros que têm problemas auditivos ou não pode participar das reuniões regulares. (Outro tipo de Reuniões por correspondência criado em 1946 para trabalhadores no mar é Internacionalistas e Solitários).
Entretanto, seja qual for a finalidade secundária, qualquer Grupo de A.A. – organizado ou não, tem um único propósito primordial: a recuperação do alcoolismo. <= Fim da transcrição.
(*) N.T.: Em 2012 celebraram-se entre outros eventos: a 54ª Conferência Interacional de Jovens em A.A.; a 48ª Conferência Internacional de Mulheres em A.A.; a Conferência Internacional de Idosos Sóbrios em A.A.; a 62ª Reunião Internacional Anual de Médicos em A.A.; a 37ª Conferência Internacional de Advogados em A.A.; a 22ª Conferência Anual Intencional de Nativos Americanos em A.A.  etc.

PARA SABER MAIS:
N.T.: O livreto The A.A. Group... Were it begins  (O Grupo de A.A. ...Onde Tudo Começa) – na sua última edição revisada, 2006, e distribuído aos Grupos dos EUA/Canadá - em inglês, francês e español, no terceiro parágrafo da página 12 diz:
“Alguns AAs se reúnem em Grupos especializados (*) – para homens, mulheres, jovens, médicos, homossexuais e outros. Se todos os membros são alcoólicos, e se mantém a porta aberta a todo alcoólico que procure ajuda, seja qual for sua profissão, sexo, idade, etc., e se cumprem com os demais requisitos que definem um Grupo de A.A., podem se chamar um Grupo de A.A.” http://www.aa.org/pdf/products/sp-16_theaagroup.pdf
(*) Originalmente estes Grupos eram nomeados de “propósitos especiais”. Por recomendação da Conferência de Serviços Gerais de 1977 – EUA/ Canadá, passaram a se nomear Grupos de “composição especial”, “especiais” ou “especializados”, para que sua denominação não fosse confundida com o “propósito único” de todos os Grupos de A.A.

O GSO (Escritório de Serviços Gerais) através do seu boletim oficial Box 4-5-9 de Fev./ Mar. 2008 - http://www.aa.org/newsletters/es_ES/sp_box459_febmar08.pdf, na página 9 respondeu a seguinte pergunta:
Pergunta: Fazem parte de A.A. os Grupos especiais para mulheres, negros, jovens, homossexuais, médicos, advogados, nativos, etc.?
Resposta: Os Grupos de composição especial, com tanto que não tenham outra afiliação ou propósito, fazem parte de A.A. e têm uma longa história na Irmandade. Existem reuniões especiais para membros com determinadas profissões, tais como médicos, advogados, agentes da ordem pública ou profissionais da indústria aeronáutica que não aparecem nas listas publicadas pelos órgãos de serviço, uma vez que não se destinam aos membros de forma geral nem para o público. Com tanto que não tenham outra afiliação ou propósito, são consideradas reuniões de A.A. De acordo com nossa experiência, estas reuniões especiais podem ser úteis aos iniciantes que no começo podem sentir-se incomodados nas reuniões normais de A.A. O GSO (Escritório de Serviços Gerais, em Nova York), inclui estes Grupos especiais nas suas listas deixando claro que não será negada a entrada a qualquer alcoólico que chegue a um Grupo desse tipo por não ter o recurso imediato de participar de uma reunião normal de A.A. Por exemplo, um Grupo de mulheres pode abrir sua reunião para acolher um homem numa reunião se não há disponível outra reunião de A.A. num lugar próximo.


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