Box 4-5-9, Ag./Set. 2007 (pág. 1-2)
=> http://www.aa.org/newsletters/es_ES/sp_box459_aug-sept07.pdf
Título original: “Las oficinas centrales/intergrupales: la
vanguardia de A.A.
Em 1946,
quando ainda havia muito poucos escritórios de serviços centrais e intergrupais
em funcionamento – somente Califórnia, Colorado, Illinois, Maryland, Nova York
e Ohio, Bill W., comentou no número de junho da Grapevine: “Seguramente, Deus tem reservado um lugar no céu para cada um deles”.
Nesse mesmo momento estavam-se abrindo centros de serviços em Massachusetts,
Michigan, Mississipi, Wisconsin e Alberta – o primeiro escritório de serviços
no Canadá.
Ainda
no começo, Bill W. e o Dr. Bob perceberam que “...para evitar a confusão em regiões inteiras, era necessário
estabelecer pequenos escritórios, instalar telefones e contratar algumas
secretárias assalariadas...se isso não fosse feito, aquele que batesse á nossa
porta pedindo ajuda não teria a oportunidade de se recuperar”. Os centros
de serviço desses tempos sofreram com a falta de dinheiro, espaço e mão de obra
e com a superabundância de opiniões contraditórias; entretanto, sobreviveram.
Assim, quando representantes de muitos
dos 500 escritórios de serviços dos EUA e Canadá – junto com vários Custódios
da Junta de Serviços Gerais e diretores e membros de A.A. World Services e da
Grapevine, venham se congregar nos dias 04 a 09 de outubro de 2007 para o 21º Seminário Anual dos
Escritórios de Serviços / A.A. World Services no hotel Crowne Plaza de Oklahoma
City para compartilhar o espírito e a essência do serviço, irão ter presente
que a eficiência é devida em grande parte ao compartilhamento coletivo das
dificuldades que atravessaram seus predecessores. Como lembra Jan D., antiga
gerente do Escritório Central de Serviços de Edmonton, Alberta: ”Hoje dia não em há nada original em A.A.
Tudo que sabemos e fazemos para ajudar o alcoólico que ainda sofre a encontrar
a sobriedade, foi-nos legado por nossos predecessores, sejam eles do Grupo de
Oxford ou os trabalhadores dos Escritórios de Serviços que nos antecederam e
compartilharam livremente suas experiências espirituais, o senso comum e o
resultado de seus trabalhos”.
Nos primeiros dias de A.A., muitos dos
escritórios de serviços, senão todos, tais como Chicago e Los Angeles,
começaram com um número de telefone da casa de um membro de A.A. Outras, na
cidade de Nova York, Newark, Nova Jersey, Toronto e Ontário, para citar
algumas, começaram em salas de clubes que serviam como centros de atividades de
A.A. Às vezes esses clubes eram utilizados como centros de distribuição da
literatura de A.A. e mais tarde começaram a oferecer outros serviços. Com o
passar do tempo, as entidades de serviços chegaram a separa-se dos clubes. Hoje
em dia, os clubes não estão afiliados a A.A. Num surpreendente número de
lugares, notadamente no norte da região central dos EUA e no Canadá, os comitês
de serviços dos escritórios existiram muito antes de se estabelecerem os
próprios escritórios – e muitos ainda são constituídos dessa maneira.
No começo existia o Comitê Central de
Cleveland, Ohio, onde, em outubro de 1939,
pouco mais de quatro anos depois do encontro histórico de Bill W. e o Dr. Bob,
um grupo de sete membros se reunia mensalmente para coordenar os trabalhos de
hospitalização e apadrinhamento. O Dr., Bob não somente apoiava como também
participava de suas atividades. Conforme conta Dan K., de Akron, “O Dr. Bob desempenhava um papel muito
importante nesse comitê. De vez em quando, nas reuniões os participantes se
metiam em debates acalorados e gritavam como se fossem bêbados num bar. Certa
vez o Dr. Bob fez o grupo se calar e disse: ‘Cavalheiros, tranquilos. Ainda
somos membros de A.A. Apliquemos os princípios de A.A. nestas reuniões de negócios (N.T.: é assim que se designam as reuniões
de serviço nos EUA). Os senhores são servidores do grupo e estão aqui
presentes para ouvir as ideias formuladas pelo comitê. Deixem que cada um fale
na sua vez e sem interrupção. Celebremos esta reunião de negócios como um
serviço ao Senhor e aos nossos companheiros’.
Depois disso, não houve mais entreveros na presença do Dr. Bob”.
Pouco tempo depois, em 1943, Columbus, Ohio, estabeleceu um
centro de serviços que hoje é conhecido como o Intergrupo da Irmandade. Na
cidade próxima, Akron, onde nasceu A.A., foi aberto um escritório Intergrupal
em abril de 1954. Seu primeiro boletim mencionou o dia 18 de novembro daquele
ano como “Dia da Gratidão”. A capa do
boletim, com letras escritas a mão, testemunha a dedicação do pequeno
escritório, o qual, com um mínimo de ajuda econômica, estava disposto a fazer
tudo o que fosse preciso para levar a mensagem de sobriedade de A.A.
Bill W. relata que o primeiro centro de
serviços organizado surgiu em Chicago, onde uma AA chamada Silvia aproveitava
seus cheque mensais da pensão alimentícia equivalentes a $700 dólares (uma
quantia bastante grande numa época em que Bill e Lois tinham que se manter com
$55 dólares por semana) para alugar um apartamento em Evanston, um subúrbio de
Chicago, e também local da primeira reunião de A.A. celebrada naquela área.
Chegaram tantas chamadas telefônicas àquele escritório que a secretária de
Silvia, Grace Cultice, não alcoólica, logo chegou a ser utilizada para todos os
serviços.
Em 1941,
depois da publicação do artigo de Jack Alexander relacionado com A.A. no semanário
Saturday Evening Post, o apartamento de Silvia converteu-se em algo parecido
com a Gran Estação Central; então
alugaram um pequeno escritório no Loop, e Grace foi instalado ali um Intergrupo
para levar aos solicitantes as atenções do Décimo Segundo Passo, hospitalização
e outras ajudas.
O primeiro centro de serviços de Nova
York funcionava de maneira oficiosa num clube na Rua 24 em Manhattan.
Estabeleceu-se o primeiro Comitê Central, mas não se estabeleceu o Intergrupo
até junho de 1946 quando já havia 22
grupos na área metropolitana. De acordo
com o arquivista Wally P., “Devido aos
constantes conflitos no clube, o Intergrupo mudou-se em novembro para um
armazém na Rua 75 oeste, e a partir desse momento, a ordem começou a surgir do
caos”. No começo, apenas a metade dos grupos se inscreveram no Intergrupo e
contribuíram para sufragar os gastos. Porém, em 1951 todos os grupos do distrito estavam cumprindo a promessa de
ajudar a manter o escritório.
Na ata de uma reunião dos delegados da
Associação Intergrupal de Nova York, em janeiro de 1950, aparece uma anedota narrada por Bill W. Diz que “uma mulher chegou ao programa dizendo ‘meu
nome é Toodles e apenas me restam meus últimos três milhões de dólares’. Toddles alcançou a sobriedade, mas morreu
subitamente de diabete e legou a A.A. dez mil dólares. A fundação do Alcoólico
(desde 1954, conhecida como Junta de
Serviços Gerais de A.A.), tinha aprovado anteriormente uma resolução para não
aceitar dinheiro de indivíduos nem de entidades alheias à Irmandade –
diferentemente de hoje em que se permite aos membros contribuir com a quantia
máxima de três mil dólares ao ano e legar em testamento a mesma quantia uma
única vez, não em perpetuidade. Entretanto, uma vez que o dinheiro tinha sido
legado ao Intergrupo”. Bill W. Foi da opinião de que “o dinheiro é seu e podem fazer com ele o que bem entenderem”.
O Escritório Central de Los Angeles
teve início em 1944. Um veterano,
sóbrio desde 1940 conta que “naqueles dias não era fácil encontrar A.A.
e fazíamos o possível para que continuasse assim. Um grupo cuidadosamente
selecionado entre clérigos, juízes e policiais sabiam da existência de A.A.;
nosso número de telefone não aparecia na guia telefônica e somente podia ser
obtido chamando a informação. Sabíamos assim, que todo iniciante que conseguiu
nos encontrar tinha feito o suficiente esforço para nos convencer de que
sinceramente desejava a sobriedade”. Em Newark, onde tinha sido compilado o
Livro Azul no escritório de Hank P., sócio de Bill W. durante algum tempo. Hank
foi o primeiro secretário assalariado, trabalhando em tempo integral no
Intergrupo de New Jersey, desde 1944
até 1949. Em Charleston, Carolina do
Sul, foi utilizada a palavra Intergrupo pela primeira vez em 1953. A associação teve origem no
primeiro centro de tratamento do estado, o Centro Alcan, Inc., alcunhado de “espelunca dos treme-tremes”.
Em abril de 1951, quando se celebrou a primeira Conferência de Serviços Gerais,
existiam pelo menos 16 escritórios centrais e intergrupais que serviam aos
grupos locais. Uma vez que nasceram antes da estrutura de serviços gerais ser
criada e desempenharam funções diferentes, na formaram parte da estrutura de
A.A. (com exceção de Chicago, onde o Escritório de Serviços da Área e o Comitê
de Área, são efetivamente a mesma entidade). Às vezes, ao longo dos anos,
vários serviços coincidiram parcialmente, especialmente nos casos em que as
duas entidades prestavam serviços semelhantes; entretanto, com o tempo, devido
à experiência compartilhada e à melhor comunicação, em muitos lugares os
Intergrupos e os Serviços Gerais chegaram a trabalhar harmoniosamente em
equipe.
Uma vez que os escritórios centrais e
intergrupais são estabelecidos e mantidos pelos grupos, não têm autoridade
própria. Cada escritório é único e reflete as necessidades e os desejos da
comunidade onde se localiza e é responsável ante os grupos a quem serve. De
forma geral, cada grupo tem um representante de intergrupo, e estes
representantes se reúnem para eleger um comitê diretivo ou uma diretoria encarregada
da administração do escritório e manter informados os grupos. Um fluxo
constante de informação é essencial porque os grupos são totalmente
responsáveis pela manutenção financeira do escritório que lhes serve, e os
membros dos grupos locais se responsabilizam e se oferecem para fazer o
trabalho do Décimo Segundo Passo.
Os escritórios centrais e intergrupais
e os serviços gerais se mantém unidos em razão do nosso Segundo Legado, a
Unidade. Porém, o que inicia essa cooperação e harmonia – vitais para levar a
mensagem ao alcoólico que ainda sofre e ser sensíveis às necessidades de que se
está recuperando em A.A., é a comunicação. Muitos escritórios locais publicam
folhetos e outros materiais informativos que comunicam a experiência
compartilhada dos intergrupos e escritórios centrais dos EUA e Canadá e
internacionais. Nestes guias define-se o intergrupo como “um escritório de serviços de A.A. que supõe um interesse e um esforço
comuns entre os grupos de uma comunidade – tal como os grupos de A.A. o supõem
entre os membros individuais. Estão estabelecidos para levar a termo certas
funções que podem ser desempenhadas com maior eficácia através de um escritório
centralizado.... Existe para ajudar os grupos a realizar seu objetivo
primordial de levar a mensagem ao alcoólico que ainda sofre”.
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