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sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

2.6. O Grupo base


Box 4-5-9, Fev. Mar. 2004 (pag. 3-4) =>  http://www.aa.org/newsletters/es_ES/sp_box459_feb-mar04.pdf
Título original: “El grupo base: El elemento básico de A.A.”"
“Ao longo dos anos, a essência mesma da força de A.A. residiu no Grupo base, o qual, para muitos membros é como a prolongação da sua família”, conforme as palavras do livreto “O Grupo de A.A... onde tudo começa”.
O Grupo base é o lugar onde os novos membros podem mais facilmente conhecer os companheiros de uma maneira genuína, e onde os veteranos podem conhecer os novos. Ouvir os outros falar com franqueza dos seus temores e contar histórias um dia vergonhosas de suas vidas de bebedores são uma experiência libertadora para o cauteloso ou desconfiado iniciante.
            Chris S. diz que “o pertencer a um Grupo base torna possível sentir-se mais cômodo. Você tem a sensação de que os companheiros o conhecem e o aceitam”. É verdade que todas as reuniões a que um alcoólico assiste contribuem de maneira importante para sua recuperação seja em seu Grupo base ou em outro. Porém, os que chegam em A.A. têm muitas coisas em comum, frequentemente incluindo a sensação de “nunca ter sido parte de nada”.
            No Grupo base aprende a se orientar no caminho novo da sobriedade. Depois de passar tanto tempo à margem, o alcoólico recém sóbrio aprende a fazer as primeiras incursões na vida plena. È muito provável que no Grupo base o membro faça os trabalhos de serviço e experimente a desejada sensação de pertencer, junto com o sentimento de responsabilidade, que, milagrosamente, se origina nas tarefas simples como arrumar as cadeiras e fazer café.
            O Grupo base firma o membro de A.A. no programa e talvez a chave esteja no compromisso de participar no serviço. O membro assiste a uma reunião à qual em outras circunstâncias não iria, simplesmente porque não quer que o seu Grupo base se decepcione com ele. Ao continuar assistindo, os companheiros acabarão percebendo. Se o membro deixa de assistir às reuniões, é muito provável que alguém do Grupo base sinta sua falta. Para aqueles que têm a infelicidade de recair, o Grupo base é o lugar natural e lógico para retornar. Os membros estão ali para receber o iniciante ou a pessoa que retorna.
Para aqueles que têm muito tempo de sobriedade, o Grupo base pode ter a mesma importância. Enquanto os iniciantes se desdobram para assistir o maior número de reuniões possível nos primeiros tempos, pode ser que as pessoas com muito tempo de sobriedade já não tenham a mesma participação. Para essas pessoas, o Grupo base é o elo que as mantém ligadas à Irmandade, um lugar onde sabem que irão ao menos uma vez por semana. A assistência dos veteranos às reuniões, semana após semana, ano após ano, dá substância ao Grupo e sua presença pode ser inspiradora de maneiras inesperadas. Conforme uma história, um alcoólico que ficou muitos anos na periferia de A.A. sem alcançar a sobriedade, observou que havia um veterano que sempre sentava no mesmo canto da sala. Diz que um dia, sem ainda saber se iria entrar, acabou por decidir que, segundo suas palavras, “se aquele vovozinho ainda estivesse ali, naquele mesmo assento, vou entrar”. Desde essa reunião, tem se mantido sóbrio.
O Grupo base ativo também contribui para a saúde de A.A. na sua totalidade. É o elemento básico da Irmandade. Produz os representantes de serviços gerais – RSG´s, e fixa o rumo de A.A. como um todo. O Grupo base vincula o membro à Irmandade.
Uma questão gerada relacionada com os Grupos de base é a que trata do desenvolvimento de Grupos dirigidos para homens, mulheres, jovens, homossexuais, etc. Na 40ª Conferência de Serviços Gerais, em 1990, um grupo de trabalho tratou especificamente deste tipo de grupos. Entre as vantagens, segundo os participantes do grupo de trabalho, está a de que estes grupos oferecem um acesso a A.A. ao alcoólico que, “se não tiver esta opção, não assistiria às reuniões”. Desta forma podem servir como ponte em direção à corrente principal de A.A. Uma desvantagem é que “estas reuniões podem fomentar um sentimento de ser diferente, de isolamento e de segregação”.
O mais importante, conforme o observado por esse grupo de trabalho, e que, de conformidade com a Quarta Tradição, os Grupos de A.A. são autônomos e têm o direito de conduzir seus assuntos da maneira que melhor lhes convir “exceto em assuntos que possam afetar outros Grupos ou A.A. em seu conjunto”.

Em A.A. aprendemos o básico de uma nova vida. O Grupo base pode ser uma parte importante disso. Como diz o prefácio de “O Grupo base: a batida do coração de A.A.” publicado pela Grapevine. “É o lugar onde os alcoólicos começam a adotar os princípios de Alcoólicos Anônimos como realidades que dão resultados em suas vidas sóbrias”.

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