Box 4-5-9, Outono 2011 (pág. 1-2) => http://www.aa.org/newsletters/es_ES/sp_box459_fall11.pdf
Título original: “Los
Doce Conceptos para el servicio mundial de A.A.”.
Ao dar uma olhada no passado (em 2011), pode ser difícil formar uma
ideia clara do quanto incerta era a existência de A.A. 75 anos atrás. Os
membros pioneiros viam-se cercados por dificuldades relacionadas com o
dinheiro, a propriedade e o prestígio, e foi da maior importância para eles a
questão de encontrar a melhor maneira de seguir em frente e levar a mensagem a
outros. Devido aos problemas que a Irmandade havia enfrentado na sua infância,
Bill W. costumava comparar A.A. com “uma
vela piscando” que, a qualquer momento poderia se apagar. Porém, a
Irmandade mostrava ser resistente e com a ajuda dos seus muitos amigos e
defensores começou a fincar raízes e a crescer.
Começou com os Grupos – no começo uns poucos, logo
centenas e depois milhares. Em pouco tempo foi estabelecida a Fundação do
Alcoólico (1938) – mais tarde (1954), denominada Junta de Serviços
Gerais de Alcoólicos Anônimos, para se responsabilizar por todos os assuntos de
A.A. Com a morte do Dr. Bob e a consciência de Bill W. sobre sua própria
mortalidade, a Conferência de Serviços Gerais tomou forma e assumiu o papel na
direção da Irmandade que antes correspondia aos cofundadores e membros
pioneiros. Enquanto isso, uma pequena editora e escritório de serviço foram
crescendo em tamanho e importância e estava publicando uma revista mensal, o
A.A. Grapevine.
Existiam múltiplas dúvidas. Dessas entidades, a
quais corresponderia fazer o quê? Qual a relação entre elas? Quais suas
responsabilidades? E, seus direitos?
Como Bill W. reconheceu em sua palestra perante a
Conferência de Serviços Gerais de 1960:
“Assim como era de vital importância para
nós codificar os Doze Passos, o aspecto espiritual do nosso programa, e
codificar em Doze princípios Tradicionais as forças e ideias que irão fomentar
a unidade e trabalharão contra a desunião, agora pode nos resultar também
necessário codificar os princípios e relações sobre os que repousam nossos
serviços mundiais, desde os Grupos até os Custódios da Junta de Serviços
Gerais... um conjunto de princípios e relações explícitos por meio dos quais
poderemos nos entender uns aos outros, e conhecer as tarefas que devemos
desempenhar e os princípios em que nos baseamos para executá-las”.
Para tanto, Bill W. se encarregou de escrever os
Doze Conceitos para o Serviço Mundial, e na Introdução a estes Conceitos,
publicados pela primeira vez em 1962
e mais tarde introduzidos no Manual de Serviço de A.A., disse que os Conceitos
foram concebidos para “demonstrar
o ‘porquê’ desta estrutura para que as lições do passado não sejam esquecidas ou
perdidas”. Também escreveu, “É
natural, e inclusive fundamental, que nossos conceitos de serviço estejam
baseados num sistema de ‘equilíbrio de poderes nos diferentes organismos’. Tivemos que nos defrontar com o fato de
que, com frequência, tratamos de engrandecer a nossa própria autoridade e
prestígio quando estamos de posse das rédeas. Entretanto, quando elas estão nas
mãos de outros, aferramo-nos às nossas posições e resistimos a qualquer
administração que nos contrarie. Tenho certeza absoluta do que estou dizendo
porque eu tenho essas mesmas inclinações.
Por
conseguinte, ideias como as que seguem fazem parte dos Conceitos: ’Não devemos colocar nenhum grupo
ou indivíduo em condições de autoridade imerecida sobre outros’, ‘Operações
diferentes, devem ser agrupadas e administradas separadamente, cada uma com seu
próprio pessoal e equipe de trabalho’. ‘Devemos evitar a excessiva concentração
de dinheiro ou de influência pessoal em qualquer grupo ou entidade de serviço.
Em cada nível de serviço a autoridade deve ser igual à responsabilidade’. Estas e outras postulações similares definem
as relações de trabalho e podem ser amigáveis porém eficientes”.
Adotados pela Conferência de Serviços Gerais de 1962, os Conceitos têm sido uma força “entre bastidores” orientadora no
desenvolvimento da Irmandade em seus trabalhos encaminhados a alcançar os
alcoólicos de todas as partes do mundo. Dado o alcance de A.A. e seus serviços
vitais, é importante conhecer e compreender como funciona a estrutura de
serviço e como chegou a ser o que atualmente é, e que, da mesma maneira que os
Passos e as Tradições, os princípios encarnados nos Doze Conceitos, tais como o
“Direito de Decisão”, o “Direito de Participação” e o “Direito de Apelação” foram forjados na
experiência de A.A.
De acordo com Martha C., antiga Custódia de
Serviços Gerais, “Você e eu sabemos quem
tem a autoridade final para os serviços mundiais; qual a relação entre os
Custódios e as corporações de serviços; o quê fazemos para atuar
equitativamente se alguém está em desacordo com a maioria; qual a relação entre
a Conferência e a Junta de Custódios; porquê é importante para nós contar com
uma boa direção rotativa; porquê nenhuma ação da Conferência deverá ser
punitiva para pessoas nem provocar controvérsia pública...
Os
Conceitos contribuem para assegurar a unidade de A.A. e produzem em nós um
belíssimo efeito: no liberam, a você e a mim, para que possamos focar nossa
atenção em realizar o objetivo primordial da nossa Irmandade. Então, em certo
sentido, os Conceitos nos ajudam a levar a sobriedade ao alcoólico que precise
de nossa ajuda onde quer que se encontre neste mundo”.
Em um artigo sobre os Conceitos, Sam S., um antigo
Delegado do sul da Flórida, comentou sobre a importância perene que eles têm
para o bem estar geral de A.A. e que os princípios em que estão baseados são
inerentes aos membros de A,A, mesmo tendo, ou não, um conhecimento específico
sobre eles. “Eles nos dizem que nunca
devamos ser ávidos por dinheiro ou poder, que somos todos iguais, que devemos
tomar decisões, se possível, somente quando estamos de acordo, que nossas ações
não devem ser prejudiciais, que sempre devemos atuar como servidores de
confiança. Estes são os guias para as relações entre a Conferência e a
Irmandade como um todo; Porém, servem também como guias para qualquer Grupo de
A.A. onde quer que se encontre, por meio dos quais pode trabalhar com eficácia
para proteger nossa Irmandade a fim de que os que ainda estão pó vir a
encontrem saudável e segura.
Os Conceitos não deixam apenas traçadas com
extrema clareza as linhas de comunicação, mas, também nos oferecem métodos e
formas de comunicação que refletem a preocupação, a confiança, o amor, o
respeito mútuo e o reconhecimento da dignidade de cada pessoa que caracterizam
a Irmandade de A.A. Percebemos que nossos Conceitos são a base espiritual de
todos os serviços mundiais de A.A.”.
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