Box 4-5-9, de Abr. Mai. / 2008 (pág. 3-4)=> http://www.aa.org/newsletters/es_ES/sp_box459_april-may08.pdf
Título original: “El camino rocoso hacia la primera
Conferencia de Servicios Generales”
Membros
de A.A., representantes das 93 Áreas de serviço dos EUA e Canadá, voltam a se
reunir neste mês de abril na Cidade de Nova York para a realização da 58ª
Conferência de Serviços Gerais (2008),
evento com duração de uma semana. Os Delegados irão trabalhar em conjunto com
os 21 Custódios, diretores e membros do pessoal do ESG e da Grapevine para
conduzir os assuntos de Alcoólicos Anônimos.
Entre
as incumbências da Conferência anual – que tem o lema “Comunicação e participação: a chave da unidade e da autossuficiência”,
o Comitê de Informação ao Público, irá fazer a revisão da enquete dos membros
de A.A. de 2007 que se realiza a
cada três anos. O Comitê de Instituições de Tratamento irá avaliar uma amostra
do vídeo revisado “Esperança: Alcoólicos
Anônimos” e outras questões da ordem do dia.
Nos dias atuais a Conferência é reconhecida como o
meio através do qual é ouvida a voz dos membros de A.A. Alguns dizem que é o
que mais se parece com uma consciência de Grupo. Entretanto, o caminho que
conduziu à primeira Conferência de Serviços Gerais em 1951, esteve permeado de obstáculos.
Anos antes, Bill W., chegou a se
convencer de que a Irmandade precisava de uma reunião anual para que os Grupos
de A.A. pudessem expressar suas ideias e opiniões ao ESG (então conhecido como
Sede). Porém, seu plano acabou por provocar uma furiosa oposição por parte de
muitos que acreditavam que aquele empreendimento tinha sido perigosamente
idealizado.
A.A. tinha crescido muito desde 1938, ano em que a Fundação do
Alcoólico foi fundada e quando não tinha mais de cem membros. Em 1948, quando o número de membros
chegava a 30.000, Bill começou a formular um plano para estabelecer uma
conferência com delegados eleitos entre os AAs de todo o país.
Bill escreveu que, “uma Conferência irá reunir amigavelmente nossos Custódios e uma
amostra representativa dos membros... e preencherá para sempre esse vazio
eliminando a distância que o Dr. Bob, eu e outros mantemos da Irmandade”.
Na Sede houve pouco entusiasmo pelo
projeto. Na opinião da maioria dos Custódios, A.A. estava prosperando e não
viam razão alguma para endossar aquilo que a eles lhes parecia uma mudança
radical.
A frustração que Bill sentiu por não
poder convencer a Junta do valor da sua proposta transparece numa carta em que
se refere aos Custódios: “A ideia de
compartilhar suas prerrogativas com a Conferência... não foi muito
apetecível... Insistem em me colocar numa torre de marfim enquanto querem
manter sua autoridade e o controle dos títulos e do dinheiro”.
Alguns se queixaram da rudeza de Bill.
Em uma carta dirigida a Bill em abril de 1948,
um Custódio não alcoólico escreve: “não
foi muito diplomático na sua forma de apresentar o assunto e como consequência
entraram no meio personalidades, boatos, acusações, etc. que não deveriam ter
entrado nesta discussão”.
Um Custódio não alcoólico se demitiu
devido a esse assunto e explicando suas razões numa carta dirigida a Bill em
fevereiro de 1948: “Acredito que as
relações bastante complicadas previstas no seu plano, irão ensejar mais
problemas que soluções”.
Bill confessou que sua maneira um tanto
obstinada estava provocando animadversão, porém, acreditava que devia ser
daquele jeito. Temia que depois da sua morte e da do Dr. Bob, a Fundação do
Alcoólico iria perder a legitimidade. No seu entendimento, assim ocorrendo,
iria prejudicar A.A. de varias maneiras, entre elas, um reduzido apoio
econômico ao Escritório de Nova York por parte dos Grupos.
Nas suas próprias palavras: “Uma Junta de Custódios que se autoperpetua,
desconhecida da maioria dos membros de A.A., não iria durar muito tempo”.
Bill percebia a necessidade de contar
com a aprovação do outro cofundador de A.A., porém, no começo, o Dr. Bob
tampouco via a necessidade de uma conferência.
Pouco antes do falecimento do Dr. Bob,
em novembro de 1950, Bill viajou a
Akron para se reunir com ele e voltar a lhe expor os argumentos em favor da
proposta. Finalmente, o Dr. Bob deu sua aprovação ao projeto. Pouco depois, a
contragosto, os Custódios deram seu consentimento. Como escreveu um
participante no seu relatório a respeito daquele período: “Os Custódios votaram com grandes reservas a favor de aprovar a
Conferência ‘a título de experiência’. Chegaram ao acordo de que seriam
realizadas desde 1951 até 1954 e que em 1955 após avaliação de todo o conceito tomariam a decisão final”.
Ainda havia muitos detalhes para
resolver: como se financiaria a Conferência; como se determinaria o número de
delegados que correspondesse às regiões dos EUA e Canadá; como seria feia a
eleição dos delegados, e de quanta autoridade seria investida a Conferência.
Bill colocou por escrito todas as ideias referentes a como tratar esse assuntos
num pequeno livro que tinha o título “O
Terceiro Legado”, que mais tarde iria se chamar “Manual de Serviço de A.A.”
No dia 20 de abril de 1951, 37 Delegados dos EUA e Canadá
foram a Nova York e passaram três dias se reunindo com os 15 Custódios, Bill e
os membros do ESG e da Grapevine.
Essa Conferência e as três seguintes
durante o período de experiência, serviram para demonstrar a acertada visão
original de Bill de que uma reunião anual dos Delegados dos grupos de A.A.
poderia funcionar e ser útil ao bem da Irmandade.
No
Brasil:
Nos
dias cinco e seis de abril de 1977,
realizou-se em Recife (PE) a Primeira Conferência de Serviços Gerais
– CSG.
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