Box 4-5-9, Inverno (Dez.) 2011 (Pág. 8-9)
=> http://www.aa.org/newsletters/es_ES/sp_box459_winter11.pdf
Título original: “Reseña inicial impulsa el Libro Grande de A.A.”.
Um destes profissionais foi o Dr.
Harry Emerson Fosdick, um bem conhecido ministro da Igreja Riverside da
cidade de Nova York, que escreveu uma resenha muito favorável ao livro e apoiou
com entusiasmo seus métodos. Seu apoio inicial supôs um grande impulso para a
Irmandade e deu credibilidade à forma inovadora de tratar o alcoolismo esboçada
no texto básico de A.A.
O Dr. Fosdick, um amigo não alcoólico de A.A., tinha uma fé
profunda no processo e nos procedimentos de A.A., e percebeu a grande ajuda que
poderia supor para os membros do clero e outros profissionais que lutavam para
ajudar e compreender os muitos alcoólicos com quem tinham contato diariamente.
Na sua resenha, aparecida poucos meses depois da publicação do livro em 1939,
dizia, em parte, “Este livro
extraordinário merece atenção esmerada de toda pessoa interessada no problema
do alcoolismo. Sejam as vítimas, amigos das vítimas, médicos, clérigos,
psiquiatras ou assistentes sociais... este livro irá lhes dar, melhor que
qualquer outro livro conhecido por este escritor, uma perspectiva interna do
problema enfrentado pelo alcoólico”.
Na sua resenha, o Dr. Fosdick defendia o emergente grupo e seu
itinerário para a recuperação. “Este
livro nos apresenta a experiência acumulada de cem homens e mulheres que foram
vitimas do alcoolismo – muitos deles considerados irremediáveis pelos
especialistas, e que ganharam a libertação, recuperaram sua sanidade e o
domínio de si próprios. Suas histórias são detalhadas e circunstanciais, de
intenso interesse humano. Atualmente, na América estão aumentando os casos da
doença do alcoolismo. A bebida ofereceu uma fuga fácil da depressão. Um oficial
do exercito inglês na Índia, ao ser repreendido por beber em excesso disse
levantando o cálice: ‘Esta é a via mais rápida de sair da Índia’; da mesma maneira, muitos americanos
utilizam as bebidas fortes para fugir dos seus problemas até que, para sua
grande consternação, descobrem que, embora sejam livres para começar a beber,
não são livres para parar...
Este livro não é
sensacionalista em nenhum sentido. Distingue-se pelo seu senso comum, sua
moderação e a ausência de exagero e fanatismo. É um relato detalhado, sério,
tolerante e compreensivo do problema do alcoólico e das técnicas com as quais
seus coautores ganharam a liberdade”.
Depois de ter manifestado seu forte apoio ao Livro Grande, o Dr.
Fosdick também reconheceu que trabalhar com os alcoólicos pode ser um grande
desafio para os clérigos e outras pessoas que convivam de perto com os efeitos
do alcoolismo. “Cada ministro religioso
que também é um conselheiro pessoal, já teve que lidar com casos de
alcoolismo”, escreveu posteriormente. “Por
muitos anos tive medo de fazê-lo. Quase preferia qualquer outro tipo de
anormalidade antes que me enfrentar com um caso de alcoolismo”.
Mas, “Alcoólicos Anônimos...
é uma benção para os clérigos”, escreveu na sua autobiografia “O viver destes dias”, publicada em 1956. “Como podemos conhecer o alcoólico – sua obsessão compulsiva pela
bebida, a escravidão desesperada contra a que luta em vão, uma não cumprida
decisão após outra de parar de beber que acaba em mais um fracasso? Quando
falamos com um alcoólico, ele sabe que porque nós nunca estivemos onde ele
está, não podemos compreender sua situação. Mas quando um ex-alcoólico, que
passou pelos mesmos duros sofrimentos e se libertou através dos Doze Passos,
fala com um alcoólico, podem-se produzir resultados maravilhosos”.
Bill W. muito frequentemente reconhecia o papel que desempenharam
muitos dos defensores iniciais de A.A. e os clérigos, em particular, ajudando a
dar forma aos princípios espirituais de Alcoólicos Anônimos e dando-os a
conhecer àqueles que os precisavam. Num artigo da revista Grapevine de setembro
de 1957, escreveu o seguinte: ”Com a mais profunda gratidão, reconheço
aqui a dívida que A.A. tem com os clérigos; não fosse o que fizeram por nós,
A.A. nunca teria nascido; quase todos os princípios que utilizamos chegaram
através deles. Apropriamo-nos do seu exemplo, sua fé e, até certo grau, das
suas crenças, e os transformamos em nossos. Quase no sentido literal, os AAs
lhes devemos nossas vidas, nossas fortunas e a salvação que a cada um de nos
lhe correspondeu encontrar”.
Portanto, embora as palavras utilizadas para descrever o Livro
Grande em seus primeiros tempos tenham sido “estranho”
e “curioso”, outra palavra, como
indicou o Dr. Fosdick teria que ser “extraordinário”.
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