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segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

7.27. É preciso ser “alcoólico puro” para pertencer a A.A.?


Box 4-5-9, Natal / 1992 (pág. 6) => http://www.aa.org/newsletters/es_ES/sp_box459_holiday92.pdf
Título original: ¿Tienes que ser um ‘alcohólico puro’ para pertenecer a A.A.?”
           
“No passado mês de agosto (1992), na Conferência de Jovens em A.A. da Área de Kansas City, ouvi o boato de que a história do Livro Grande com o título ‘Médico, Alcoólico e Adicto’ estava em perigo de ser suprimida porque trata da adição ao álcool e às drogas. Eu sou unicamente alcoólico, mas me consideraria um fóssil antiquado com antolhos se me recusasse a aceitar aqueles jovens com dupla adição que foram atraídos pelo programa de A.A.”.
            Numa carta dirigida ao Escritório de Serviços Gerais – ESG, desde Springfield, Missouri, Jim S. acrescenta, “meu Grupo base reúne-se aqui na universidade, e o recém-chegado que tenha sido unicamente adicto ao álcool é muito difícil de encontrar. Não vejo validade alguma em adotar uma postura esnobe por ser adicto somente ao álcool; já tenho suficientes defeitos de caráter como para acrescentar mais esta ostensiva hipocrisia”.
            Um membro do pessoal do ESG assinalou na sua resposta que Bill W. tinha falado “muito claramente” do tema de dupla adição a respeito do que se relaciona com a unicidade de propósito de A.A., no número de fevereiro de 1958 da revista Grapevine (posteriormente reimpresso no livro “A Linguagem do Coração” e condensado no folheto “Outros Problemas Além do Álcool” – Junaab, código 220, R$ 2,50).
            Ao se referir à pergunta “pode alguém que toma pílulas e drogas, e também ter uma verdadeira história alcoólica tornar-se membro de A.A.?”, Bill responde com um ressonante “SIM”. Depois analisa a seguinte possibilidade: “Digamos. Contudo, que se aproxime de nós um adicto que mesmo assim tenha uma verdadeira história alcoólica. Houve um tempo em que tal pessoa teria sido rejeitada. Muitos AAs, no início, tinham a noção quase cômica de que eram alcoólicos – apenar beberrões sem nenhum outro problema sério. Quando os presidiários alcoólicos e drogadictos apareceram, houve muita indignação virtuosa. ‘O que as pessoas pensarão?’, clamava o coro dos alcoólicos puros. Felizmente, faz muito tempo que essa tolice acabou”.
            Enquanto ao “boato” de que a história “Médico, Alcoólico e Adicto” irá ser suprimida do Livro Grande, continua o membro do pessoal do ESG na sua carta a Jim, “é apenas isso – um boato. De fato, no momento não há nenhuma intenção de fazer mudanças no Livro Grande. Sem dúvida, se algum dia for considerada a possibilidade de fazer a quarta edição e, como aconteceu no passado, algumas histórias serão suprimidas para dar lugar a algum material mais contemporâneo. Mas isso ainda está longe” (1).
            Desde sua publicação em 1939, a seção de histórias do Livro Grande foi revisada duas vezes. A segunda edição foi publicada em 1955, a terceira em 1976, em conformidade com as Ações Recomendáveis da Conferencia de Serviços Gerais. Nos dois casos, anos de diálogo contínuo precederam a ação da Conferência. Dado que os delegados que representam as 91 Áreas dos EUA/Canadá compõem mais de dois terços dos participantes na Conferência – e uma vez que se requer uma votação majoritária de dois terços para fazer uma recomendação a A.A. no seu conjunto, a consciência coletiva da extensa Irmandade de A.A. tradicionalmente tem a última palavra.

(1)   N.T.: De fato, houve a quarta edição do Livro Grande (a atual) e foi publicada em 2001. Nela, a história “Médico, Alcoólico e Adicto” continua incorporada ao livro com seu titulo mudado para “Aceptance Was The Answer”, ou algo como “A aceitação foi a resposta”; começa na página 407 (estas histórias aparecem apenas no Livro Grande nos EUA/Canadá, e não no Livro Azul, no Brasil)


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