Box 4-5-9, Ago. Set. / 1993 (pág. 6-7)
=> http://www.aa.org/newsletters/es_ES/sp_box459_aug-sept93.pdf
Título original: “Desprendiéndonos del círculo y el triángulo
como un símbolo ‘oficial’ de AA"
Durante muito tempo, um triângulo inscrito em um
círculo foi reconhecido como o símbolo de Alcoólicos Anônimos. Entretanto, o
círculo e o triângulo também constam entre os mais antigos símbolos espirituais
conhecidos pela humanidade. Para os antigos egípcios o triângulo representava a
inteligência criativa; para os gregos, significava a sabedoria. Geralmente,
representa a aspiração de alcançar um entendimento mais elevado e uma maior
compreensão do espiritual.
Na Convenção
Internacional em 1955, durante a celebração do 20º aniversário de A.A.,
foi aceito o triângulo inscrito num círculo como o símbolo de Alcoólicos
Anônimos. “O circulo”, disse Bill W.
aos AAs reunidos em St. Louis, “simboliza
o mundo inteiro de A.A., e o triângulo representa os Três Legados de A.A., - Recuperação,
Unidade e Serviço. Dentro do nosso maravilhoso mundo novo, encontramos a
libertação de nossa obsessão mortal”.
O símbolo foi registrado
como marca oficial de A.A. em 1955, e foi livremente usado por várias
entidades de A.A., o qual funcionou bem durante um bom tempo. Entretanto, por
volta da metade dos anos 1980 começou a haver certa preocupação por
parte dos membros da Irmandade a respeito da utilização do círculo e do
triângulo por organizações alheias a A.A. Em conformidade com a Sexta Tradição
que diz que A.A. “... nunca deverá
sancionar, financiar ou emprestar o nome de A.A. a qualquer sociedade parecida
ou empreendimento alheio à Irmandade...”, A.A. World Services – Serviços Mundiais de A.A., começou, em 1986,
a tomar algumas providencias para prevenir a utilização do círculo e do
triângulo por entidades alheias,
incluindo fabricantes de brindes, casas editoras e instituições de tratamento.
Esta política de desestímulo foi realizada com moderação e, tão somente depois
que todas as tentativas de persuasão e conciliação tinham fracassado, foi
considerado empreender ações legais. De fato, dos aproximadamente 170 usuários
não autorizados que foram contatados, apenas foram apresentadas demandas contra
dois deles e o assunto foi resolvido logo no início.
No começo dos anos de 1990,
alguns membros da Irmandade pareciam dizer duas coisas: “queremos medalhas com nosso círculo e triângulo”, e, “não queremos nosso símbolo associado com
objetivos não A.A.”. O desejo de alguns membros de A.A. de ter fichas de
aniversário foi considerado pelas juntas de A.A. World Services e da Revista Grapevine (equivalente à Vivência) em outubro de 1990,
quando foi estudada a possibilidade de produzir medalhas. Foi do parecer dessas
juntas que as fichas e as medalhas não tinham relação com o nosso propósito
primordial de levar a mensagem de A.A. e que este assunto deveria ser tratado
pela Conferência para obter a opinião da consciência de Grupo da Irmandade. A
essência desta decisão foi transmitida à Conferência de Serviços Gerais de 1991
no relatório da Junta de A.A.W.S.
A Conferência de
Serviços Gerais de 1992 começou enfrentando o dilema ouvindo
apresentações a respeito de porque devemos ou não produzir medalhas e, sobre a
responsabilidade de A.A.W.S. de proteger nossas marcas registradas e os
direitos de propriedade contra usos que pudessem sugerir afiliação com fontes
alheias.
O resultado foi uma Ação
Recomendável da Conferência para que a Junta de Serviços Gerais desse inicio a
um estudo a respeito da viabilidade de possíveis métodos através dos quais se
poderiam colocar as fichas de sobriedade a disposição da Irmandade, seguido de
um relatório a um Comitê ad hoc (para
esse fim) constituído por Delegados à Conferência de 1993, o qual
informaria todos os membros da Conferência no seguinte mês de março (nos
EUA/Canadá, as Conferências são realizadas no mês de abril).
Após longas
considerações, o Comitê ad hoc
apresentou seu relatório e recomendações à Conferência de 1993. Depois
de uma discussão, a Conferência aprovou duas das cinco recomendações
apresentadas:
1)
O uso de
fichas e medalhas de sobriedade é um assunto de autonomia local e não algo
sobre o que a Conferência deva consignar uma posição definitiva;
2)
Não é apropriado
que A.A.W.S ou a Grapevine produzam ou autorizem a produção de fichas e
medalhas de sobriedade.
Entre as considerações incluídas no informe do
Comitê ad hoc, encontravam-se as
repercussões de continuar protegendo por meios legais o uso das marcas
registradas de A.A. por parte de organizações alheias.
Coincidentemente, a Junta de A.A.W.S. tinha começado
a considerar alguns acontecimentos recentes, chegando finalmente à conclusão de
que as perspectivas de litígios cada vez mais longos e custosos, a incerteza de
conseguir sucesso e o desvio do propósito primordial de A.A. eram grandes
demais para justificar a continuação das tentativas de proteger o círculo e o
triângulo. Durante a reunião pós-conferencial da Junta de Serviços Gerais, os
Custódios aceitaram a recomendação de A.A.W.S. de não continuar a proteção do
símbolo do círculo e do triângulo como uma das nossas marcas registradas.
No começo de junho (1993), a Junta de
Serviços Gerais apoiou por unanimidade substancial a declaração de A.A.W.S. de que,
de acordo com nosso propósito original de evitar a sugestão de afiliação ou
associação com produtos e serviços alheios, Alcoólicos Anônimos World Service,
Inc. deixará progressivamente de fazer uso “oficial”
ou “legal” do símbolo com o círculo e
o triângulo. A.A.W.S. continuará resistindo ao uso não autorizado de outras
marcas e qualquer tentativa de publicar literatura de A.A. sem permissão.
É claro, o circulo e o triângulo sempre irão ter um
significado especial no coração e na mente dos membros de A.A., no sentido
simbólico, como o tem a Oração de Serenidade e os lemas, que nunca tiveram um
caráter oficial.
Saiba
como era até aqui (1993):
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