Box 4-5-9, Fev. Mar. / 2004 (pág. 8-9) => http://www.aa.org/newsletters/es_ES/sp_box459_feb-mar04.pdf
Título original: “El
anonimato ante el público”.
Uma figura de muita visibilidade do cinema se
interna em um centro de tratamento; sai e aparece em um programa de televisão
falando em termos elogiosos de “minha
nova vida em A.A.” Poucos meses mais tarde sai publicada a noticia de que “novamente foi encontrado embriagado”.
Um político apanhado em maus lençóis protesta, “o álcool me fez atuar desse jeito, porém agora assisto reuniões de
A.A.” Ou, um escritor, bem intencionado, mas excessivamente entusiasmado,
fala de sua “cura em A.A.” e promete
publicar a sua história para “ajudar
outros iguais a mim”. Passados seis meses aparece a noticia da sua “recaída”.
O que faz a Irmandade frente a quebras de anonimato
como estas e outras que acontecem a cada ano às centenas? O que fazem
individualmente os membros de A.A. para ajudar? E, a quem cabe a
responsabilidade? Como se percebe claramente nas cartas enviadas ao Escritório
de Serviços Gerais, ESG, muitos membros de A.A. estão realmente preocupados, e
de fato, alguns ficam com raiva devido a essas rupturas da Tradição do
anonimato, à qual Bill W., chamava “a
chave de nossa sobrevivência espiritual”. Entretanto, muitos desses
companheiros desconhecem o que faz o ESG a respeito, nem como eles próprios
podem ajudar e contribuir para um efeito decisivo.
A cada ano o Comitê de Informação ao Público da
Junta de Custódios envia uma carta aos representantes dos meios de comunicação
para lhes explicar a Tradição do anonimato de A.A. perante o público. Muito
apropriadamente em nossa época de computadores, e diferentemente da primeira
missiva um tanto verbal enviada em 1949,
o texto, que aparece que aparece no sítio de A.A. – www.aa.org, é breve e
conciso. No entanto, apesar das ligeiras revisões cosméticas feitas ao longo
dos anos, a mensagem não mudou. Primeiro, há uma expressão de gratidão “pela ajuda que nos deram nossos amigos dos
meios de comunicação que nos ajudaram a salvar inumeráveis vidas”. Logo
pedimos às agências de mídia que continuem nos ajudando, apresentando os membros
de A.A. unicamente por seu nome no registro civil sem divulgar fotos em que o
membro possa ser reconhecido. “O
anonimato tem uma importância fundamental para nossa Irmandade e oferece aos
nossos membros a segurança de que sua recuperação será um assunto confidencial.
Com frequência, o alcoólico ativo evita qualquer fonte de ajuda que possa
revelar sua identidade”.
A carta de anonimato mais recentemente redigida, em
fevereiro de 2004, como de costume será publicada em três idiomas – inglês
español e francês, e enviada a aproximadamente 10.000 jornais periódicos e
emissoras de rádio e televisão nos EUA e Canadá, com a esperança de que os
editores gerentes, repórteres, apresentadores de rádio e TV e muitos outros que
trabalham nesse campo, especialmente os entrevistadores e que fazem reportagens
sobre celebridades que são membros de A.A., a vejam, a leiam e a levem em
conta. À carta e juntado um cartão de resposta com porte pago e outro cartão
com informações básicas de A.A. Em muitas Áreas o Comitê de Informação ao Público
local fazem copias do texto em papeis com seu timbre e as enviam aos
representantes dos meios de comunicação locais.
Embora façamos todo o possível para informar os
meios de comunicação sobre nossa Décima Primeira Tradição, normalmente não
mantemos contato direto com os profissionais que fazem suas reportagens
baseados em informações fornecidas por membros de A.A. No folheto de A.A., “Compreendendo o anonimato”, nos é
lembrado que não é da responsabilidade dos meios de comunicação manter nossas
Tradições; é nossa responsabilidade pessoal. Portanto, quando o ESG toma
conhecimento de uma quebra de anonimato diante do público, a Conferência de
Serviços Gerais recomendou que o membro do pessoal locado do escritório de
informação pública comunique o fato ao Delegado da área onde o incidente
aconteceu. Dessa maneira, um membro local pode entrar em contato com o
companheiro cujo anonimato foi violado para falar-lhe amigavelmente sobre a
importância da Décima Primeira Tradição.
O modelo de carta que se ajunta à nota dirigida ao
Delegado diz o seguinte: “Talvez esta
quebra de anonimato tenha ocorrido sem o seu consentimento ou sem você saber;
entretanto, se for entrevistado no futuro, ficaremos muito gratos se tiver a
gentileza de mencionar nossas Tradições de anonimato aos profissionais de mídia.
Às vezes não as compreendem, mas, quase sempre as respeitam”.
Ao final das contas, a experiência de A.A. indica
que os que têm maior probabilidade de proteger nossas Tradições são os Grupos e
os membros individuais. Cada vez que um Grupo realiza uma reunião focada nas
Tradições, o cimento que mantém unida nossa Irmandade, ou lembra aos
participantes ao abrir a reunião “o que
aqui é dito, não sai daqui”, o conceito que vamos formando do anonimato
diante do público vai ficando mais forte. A cada vez que um padrinho reforça ao
iniciante a importância do anonimato diante do público, explicando-lhe, com
palavras da Décima Primeira Tradição, que “a
ambição pessoal não tem lugar em A.A.”, se torna mais forte o nosso anonimato
coletivo. Talvez seja este o nosso meio principal para antepor a tudo nosso
bem-estar comum.
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