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sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

2.7. O Grupo de A.A... Onde tudo começa


Box 4-5-9, Outono (Set.) / 2012 (pág. 3-4) http://www.aa.org/newsletters/es_ES/sp_box459_fall12.pdf
Título original: “El grupo de A.A.… donde todo empieza”

Conforme diz a Terceira Tradição de A.A. – forma longa, “Devem fazer parte de nosso quadro de membros todos que sofrerem de alcoolismo. Não podemos, portanto, recusar pessoa alguma que deseje recuperar-se. Tampouco o ingresso em A.A. deve jamais depender de dinheiro ou formalidade. Um grupo qualquer, formado por dois ou três alcoólicos, pode chamar-se Alcoólicos Anônimos, conquanto que, em conjunto não estejam filiados a outra entidade." Entretanto, no entender dos membros de A.A., a vida do Grupo supõe muito mais que dois ou três companheiros. Portanto, o folheto aprovado pela Conferencia, titulado “O Grupo de A.A... onde tudo começa” nos oferece 41 páginas (a edição 2012 no Brasil, tem 64 páginas) de experiência compartilhada, sem contar os Doze Passos, as Doze Tradições e os Doze Conceitos.
            Folheto secreto?
            Embora houvéssemos tido o folheto “O Grupo de A.A... onde tudo começa” durante muitos anos – foi publicado pela primeira vez em 1965 – e passou por revisões importantes conforme ações recomendadas da Conferencia de Serviços Gerais em 1990 e 2005, as chamadas telefônicas e correios eletrônicos que chegam ao Escritório de Serviços Gerais partindo dos membros dos Grupos podem-nos causar a impressão de que muitos Grupos de A.A. continuam sem saber das riquezas que se encontram nas páginas deste folheto. Nas palavras de um membro do pessoal do ESG, “Provavelmente é o recurso mais citado do ESG em termos de experiência de A.A. compartilhada, mas às vezes parece ser uma publicação secreta”.
            Assim, como formar um novo Grupo de A.A.? Se você está lendo este número do Box 4-5-9, é possível que já seja membro de um Grupo estabelecido. Mas pode chegar o momento em que parece que outro Grupo poderia estar servindo melhor à sua comunidade. É possível que tenha ouvido alguém mencionar o refrão de A.A. que diz que tudo o que se necessita para formar um novo Grupo é uma cafeteira e um ressentimento. Segundo informação do folheto “O Grupo de A.A.”, não é necessário nenhum ressentimento, mas, talvez seja conveniente comprar uma cafeteira. O mais importante é determinar que se precisasse um novo Grupo na vizinhança; pedir a colaboração de outros membros de A.A.; encontrar um local que possa ser alugado para celebrar as reuniões; e conseguir um sortido de literatura de A.A., listas de reuniões e material de escritório.
            Depois de se planejar bem a criação do Grupo – dois ou três meses pelo menos, é conveniente divulgar sua existência aos Grupos vizinhos, ao Escritório de Serviços Locais - ESL, (ou a entidade que elabora e divulga as listas de reuniões, e o Escritório de Serviços Gerais – ESG. Registrar um  Grupo novo de Alcoólicos Anônimos no ESG (dos EUA/Canadá), costuma supor o preenchimento de um formulário apropriado que pode ser baixado no sítio Web de A.A. – www.aa.org, ou pedido pelo correio postal a: GSO, Box 459, Grand Central Station, Nova York, NY 10163.
            De acordo com Susan Donnor, não alcoólica, principal administradora de registros do ESG, o Escritório recebe de 50 a 60 Formulários de Grupo Novo por dia. As veteranas do Departamento de Registros podem tramitar a grande maioria destes anúncios de Grupo novo sem problema, mas, alguns são encaminhados a um membro do pessoal do ESG para dar seguimento.

            Problemas com os formulários de um novo Grupo.
            Duas das razões pelas que se pode pedir um seguimento têm a ver com o nome do Grupo em questão e sua data de fundação. Uma das partes do anúncio de um novo Grupo é a escolha de um nome para ele. E em A.A. é possível equivocar-se a este respeito a menos que se procure experiência compartilhada relacionada com a maneira de fazê-lo. Um breve aviso acima do espaço para o nome do Grupo no Formulário de Grupo Novo, diz “As tradições de A.A. sugerem que não se dê ao Grupo o nome de uma instituição ou de uma pessoa – viva ou morta, e que o nome do Grupo não implique afiliação com nenhuma religião ou seita religiosa, organização ou instituição alguma”. Por isso, os nomes propostos que podem provocar uma chamada de atenção amigável por parte do ESG podem ser semelhantes aos exemplos seguintes (fictícios): Grupo Camelo Arenoso (instituição); o Grupo Memorial Tomás Platero; inclusive Grupos cujos nomes incluem os de Bill W. e do Dr. Bob (antepor os princípios às personalidades); Doze Passos em Direção a Buda (religião); ou o Grupo Lobato (organização).
            Ademais, “Nossa consciência de Grupo de A.A., manifestada pela Conferência de Serviços Gerais, tem recomendado que reuniões de ‘família’, ‘duplos problemas’ e de ‘álcool e pílulas’ não devem ser relacionadas nos diretórios de A.A. O uso da palavra ‘família’ pode levar à confusão com os Grupos Familiares Al-Anon, uma Irmandade inteiramente separada de A.A.
            ...É um engano insinuar ou dar a impressão de que A.A. resolve outros problemas, ou que sabe o que fazer a respeito da adição a drogas”. (“O Grupo de A.A.... onde tudo começa”, página 22/4-5, Junaab, código 205, R$ 10,00)
            Os nomes que podem induzir a uma chamada telefônica são os que contém algum palavrão ou um duvidoso acrônimo (N.T.: palavra formada pelas letras ou sílabas iniciais de palavras sucessivas de uma locução), embora estes casos representem uma percentagem mínima nos Formulários de Grupo Novo.
            Outra preocupação surgida em anos recentes é o uso de “recuperação” no nome proposto pelo Grupo. Isto pode ocasionar um pedido de esclarecimento para determinar se o Grupo está focado exclusivamente na recuperação do alcoolismo ou em outros problemas diferentes do alcoolismo. No primeiro caso seria melhor que o Grupo utiliza-se a palavra “sobriedade” no seu nome, o que indicará de alguma maneira que o Grupo está aderido ao propósito primordial de A.A. No segundo caso, o ESG não poderá inscrever o Grupo.
            O problema da “data de início” é causado pelos Grupos que enviam o formulário com uma data de início futura ou com apenas poucas semanas antes que chegue o formulário. Isto resulta numa amigável lembrança de que é melhor não enviar o formulário até que o Grupo tenha feito um “bom começo” – de dois a três meses. Os Grupos novos, naturalmente estão desejosos de se inscrever no ESG. Ao fazer as chamadas para dar seguimento, às vezes ficamos sabendo que estes formulários foram enviados por membros de A.A. – e outras pessoas, que acreditam que precisam de autorização prévia do ESG para a formação de um novo Grupo. Carece dizer que isto não está de acordo com a Terceira Tradição de A.A.
Independente que o formulário apresente problemas ou não, o Escritório aguardará 30 dias antes da tramitação, para que a estrutura de serviços gerais da sua Área tenha a oportunidade de se colocar em contato com o Grupo e dar-lhe as boas-vindas se é costume na Área.

            O número de serviço de Grupo – com frequência mal entendido
Uma vez que foi feita a tramitação do formulário do Grupo, será enviada uma carta com seu “número de serviço de Grupo”. O que significa este número? Há pessoas que se comunicaram com o ESG para se referir a Grupos que pretendem ser “reconhecidos” como Grupos oficiais de A.A. por ter recebido tal número. Porém, o “número de serviço do Grupo” não implica aprovação desse tipo. Nem constitui ou implica a aprovação do enfoque do Grupo ou a maneira com que tal Grupo coloca em prática o programa tradicional de A.A.
            De acordo com Rick W., membro do pessoal do ESG: “Estar ‘inscrito’ no ESG, significa apenas que o Grupo pediu que sejam inscritos seu Representante de Serviços Gerais – RSG, e o endereço para fins de contato e comunicação. Aparecer na lista do ESG não significa que este seja um Grupo oficial de A.A.; apenas torna possível estar em contato com o Grupo para compartilhar informação a respeito do que acontece em A.A., especialmente através do boletim do ESG, Box 459.
            Para ser um Grupo de A.A. não é preciso estar inscrito nos registros do ESG. Quando um Grupo pede sua inscrição em nossos registros, o sistema informático lhe assigna um número único chamado de ‘número de serviço de Grupo’. Faz-se o mesmo com qualquer indivíduo ou entidade, como, por exemplo, o Delegado de Área, o membro do Comitê de Distrito, o coordenador de um Comitê de Área ou Distrito, um Escritório de Serviços Locais, um Escritório de Serviços Gerais de outro país, etc. Todos têm assignado um ‘número de serviço de Grupo’. Já que este identificador é assignado a indivíduos ou outras entidades além dos Grupos, ‘número de serviço de Grupo’ não é um termo descritor muito exato, mesmo assim, é utilizado.
            O ‘número de serviço do Grupo’ foi criado como um instrumento útil para manter o registro das contribuições ou os pedidos de literatura. Por exemplo, o tesoureiro de um Grupo pode enviar as contribuições do Grupo ‘Doze e Doze’. É possível que este Grupo aparecesse originalmente na lista como o Grupo ‘Doze e Doze da Segunda-feira à tarde’. O número de serviço do Grupo facilita perceber que as comunicações se referem ao mesmo Grupo. Outro exemplo: muitos Grupos têm nomes parecidos – há 357 Grupos inscritos nos nossos registros que têm como parte do nome o refrão ‘Vá com Calma’. O ‘número de serviço de Grupo’, também nos ajuda a diferenciar estes Grupos”.
            No próximo número, “A respeito dos problemas dos Grupos de A.A.”.


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