Box 4-5-9, Outono (Set.) 2012 (pág. 1-2) => http://www.aa.org/newsletters/es_ES/sp_box459_fall12.pdf
Título original: “Cuando romper tu anonimato
no es ruptura de anonimato”.
Embora se tenha escrito muito a respeito do anonimato na
literatura de A.A. – ver, por exemplo, o folheto aprovado pela Conferência de
Serviços Gerais “Entendendo o Anonimato” (JUNAAB, código 216), a julgar
pelos comunicados que chegam ao Escritório de Serviços Gerais por parte dos
membros da Irmandade, parece que ainda há muitas dúvidas e confusão
relacionadas com a “base espiritual de todas as nossas Tradições”. A
seguir aparece um apanhado das perguntas que recebemos por telefone e por
correio postal e eletrônico, e algumas respostas extraídas da literatura de
A.A.
Pergunta. - Temos um
membro que recentemente veio de outra cidade e que usa seu sobrenome nas
reuniões. Devemos dizer a esta pessoa que está violando a Tradição do
Anonimato?
Resposta. - Em “A
linguagem do coração”, p. 16, Bill W. escreve: “Deve ser o privilégio de
cada membro de A.A. se abrigar com tanto anonimato pessoal quanto deseje. Seus
companheiros de A.A. devem respeitar seus desejos e ajuda-lo a guardar seu anonimato
no grau que lhe pareça apropriado”. Portanto, cabe a cada indivíduo decidir
até que ponto quer ser anônimo abaixo do nível
público.
Usar seu sobrenome numa reunião de A.A. não é “violar” a Tradição de
A.A. De fato, o autor de um artigo publicado no número de fevereiro de 1969 da revista Grapevine, atribuiu ao
Dr. Bob as seguintes palavras referentes à Decima Primeira Tradição. “Já que
nossa Tradição sobre o anonimato designa com precisão o nível em que se deve
manter o anonimato, deve ser evidente a todos que conseguem ler e entender
nosso idioma que manter o anonimato em qualquer outro nível é
definitivamente uma violação dessa Tradição”. “O AA que esconde sua
identidade perante os companheiros Aas com o emprego de um nome suposto,
viola a Tradição tanto quanto o AA que permite que seu nome apareça na imprensa
em conexão com assuntos pertencentes a A.A.”. “O primeiro esta
mantendo seu anonimato acima do nível da imprensa, do radio e de
filmes, o último está mantendo seu anonimato abaixo do
nível da imprensa, do radio e de filmes – enquanto a Tradição estabelece
que devemos manter nosso anonimato no nível da imprensa, do radio
e de filmes”. (O Dr. Bob e os Bons Veteranos, p. 271/7/1-272).
Pergunta. - O que devo
fazer se vejo uma personalidade de renome em uma reunião, como por exemplo, um
ator, uma atriz ou o Delegado da Polícia local.
Resposta. - Como todos
os demais, as personalidades públicas devem desfrutar da proteção do anonimato
no grau que desejarem.
Pergunta. - Vi num
jornal um anúncio publicado por um Grupo de A.A. que dava o endereço de onde o
Grupo se reunia e outras coisas. Vocês não deveriam entrar em contato com esse
Grupo
por
ter quebrado o anonimato a nível público?
Resposta. - Suponhamos
que um alcoólico enfermo nunca tenha tido a boa sorte de conhecer um membro de
A.A. Como essa pessoa nos poderia encontrar? Seria uma busca muito dura se o Grupo
local acredita que também deve ser anônimo. Há que lembrar que a Decima
Primeira Tradição trata do anonimato pessoal. Os alcoólicos não irão se sentir
atraídos a A.A. se não sabem que existe... (As Doze Tradições Ilustradas).
Pergunta. - Não me
sinto envergonhado pelo meu alcoolismo e não me parece necessário guardar
segredo do fato de ser membro de A.A. Ao contrário, acredito que minha história
pode ajudar outras pessoas. Acredito que deva poder usar meu nome completo no
meu livro (entrevista televisada, blog, sítio na Web, etc.), ao compartilhar
minha experiência em A.A. Por que isso causaria problemas a outra pessoa?
Resposta. - Revelar
publicamente ser membro de A.A. em qualquer médio acessível pelo público é
considerado uma violação da Tradição de Anonimato de A.A. Em um ar5tigo
publicado em “O melhor da Grapevine”, Bill W. diz: “Os velhos
arquivos da Sede de A.A. contém dúzias de experiências de rupturas de
anonimato parecidas. A maior parte delas nos ensinam as mesmas lições.
Nos ensinam que nós, os alcoólicos, somos os maiores racionalizadores do mundo;
que, fortalecidos pelo pretexto de fazer boas ações para A.A., quebrando
nosso anonimato, podemos recomeçar nossa velha busca desastrosa pelo
poder e prestígio pessoais, das honrarias e do dinheiro: os mesmos
impulsos implicáveis que anteriormente, ao serem frustrados, nos fizeram beber...”
Pergunta. - Por que
dizemos que “o anonimato é a base espiritual de todas as nossas Tradições?”.
Resposta. - “... Essas
experiências nos ensinaram que o anonimato é a verdadeira humildade em ação.
Trata-se de uma qualidade espiritual na vida de A.A. envolvendo tudo, em todo
lugar, hoje em dia. Movidos pelo espirito do anonimato, tentamos deixar de lado
os nossos desejos naturais de ganhar distinções pessoais como membros de A.A.,
tanto entre os nossos companheiros como entre o público em geral. Ao colocarmos
de lado essas aspirações muito humanas, acreditamos que cada um de nós toma
parte da confecção de um manto protetor que cobre toda a nossa Irmandade e sob
o qual nos é dado crescer e trabalhar em conjunto”. (Os Doze Passos e as Doze Tradições, p. 170/3/1)
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