Box 4-5-9, Out. Nov. / 1998 (pág.
7-8) => http://www.aa.org/newsletters/es_ES/sp_box459_oct-nov98.pdf
Título original: “¿Dónde
empezamos a llevar el mensaje y dónde dejamos de hacerlo?”.
“Sapateiro, não vás além da tua chinela”, aconselha-nos a Quinta Tradição cujo enunciado
expressa a razão de ser de A.A.: “Cada
Grupo é animado de um único propósito primordial – o de transmitir a mensagem
ao alcoólico que ainda sofre”. Entretanto, como já perceberam milhares de
AAs que se comprometeram com este conceito, a simples prática não é tudo.
“De vez em quando”, Diz Bill E., do Comitê de Informação Pública de
Nova Jersey, “chega a nós um pedido para
enviar um orador para falar numa escola primária ou diante de um grupo de
escoteiros a respeito dos perigos do Álcool – com a esperança de contribuir para
que esses jovens parem e pensem antes de experimentar a bebida. Mas, A.A. têm
algo a ver com esse assunto?”.
Num
artigo publicado no n´mero de verão (1998) do boletim do Intergrupo /
Serviços Gerais de Nova Jersey da Área 44, This
Day, Bill diz, “seria converter meu
maior desejo em realidade se ninguém tivesse que passar pelo inferno do
alcoolismo ativo como eu passei. Mas temos que lembrar que não somos uma
sociedade antialcoólica, nem advogamos pela abstinência do álcool. Os
movimentos e a legislação antialcoólica do passado fracassaram.
Todos
conhecemos muitas pessoas que podem tomar bebida alcoólica sem problema algum.
Nós, os AAs, não podemos fazê-lo. Temos uma capacidade especial para levar a
mensagem de recuperação do alcoolismo. Mas essa experiência não nos habilita
para falar dos perigos do álcool em geral. Para a maioria das pessoas, o álcool
não é um perigo”.
Ademais, comenta Bill,
existe o princípio de não opinar sobre assuntos alheios à Irmandade e a
advertência enunciada na Décima Tradição, que diz “... o nome de A.A. jamais deverá aparecer em controvérsias públicas”.
Ao falar perante um grupo não A.A., somos membros de A.A. embora se recomende
que ao fazer qualquer apresentação deste tipo, expliquemos com clareza que não
falamos em nome de A.A. Alcoólicos Anônimos não opina sobre a fabricação,
distribuição, venda ou consumo de álcool. Não temos opinião a respeito de qual
deve ser a idade estabelecida por lei para tomar bebidas alcoólicas nem a
respeito da proporção álcool/sangue que constitui a embriaguez desde o ponto de
vista legal. Pode parecer duro dizer que não nos importam essas questões;
muitos de nós temos opinião já formada a esse respeito. Entretanto, como
membros de A.A. não temos opinião a respeito de assuntos alheios. E estes, são
assuntos alheios.
Então, mais
precisamente, onde levamos a mensagem? “Levamos
a mensagem a qualquer pessoa ou grupo que queira saber o que A.A. é e o que
faz. Não somos especialistas em alcoolismo. Não levamos a mensagem genérica, ‘não
beba’. Mas, se uma pessoa tem problemas
com o álcool, dizemos-lhe ‘não beba e venha as reuniões’”
Na Área da Costa Norte da Califórnia, Tim P., coordenador cos Comitês de
Informação Pública e de Cooperação com a Comunidade Profissional do condado de
Sonoma, faz uma advertência a respeito de falar perante grupos não A.A. No
número de julho do boletim do Intergrupo da Comunidade de Sonoma, diz que “é fácil se desviar – afastar se do único
tema que temos que compartilhar ali: nosso alcoolismo e a recuperação em A.A.”.
Por exemplo, ele explica, “é possível que suponha um grande desafio
responder com toda sinceridade à questão das drogas, de uma maneira que
justifique a confiança que a comunidade depositou em nós, e que, ao mesmo tempo,
sejamos capazes de encerrar essa questão (das drogas) e voltar ao tema principal que é o alcoolismo e Alcoólicos Anônimos”.
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