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segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

6.9. Onde levamos a mensagem e onde não fazê-lo


Box 4-5-9, Out. Nov. / 1998 (pág. 7-8) => http://www.aa.org/newsletters/es_ES/sp_box459_oct-nov98.pdf
Título original: ¿Dónde empezamos a llevar el mensaje y dónde dejamos de hacerlo?”.

            “Sapateiro, não vás além da tua chinela”, aconselha-nos a Quinta Tradição cujo enunciado expressa a razão de ser de A.A.: “Cada Grupo é animado de um único propósito primordial – o de transmitir a mensagem ao alcoólico que ainda sofre”. Entretanto, como já perceberam milhares de AAs que se comprometeram com este conceito, a simples prática não é tudo.
            “De vez em quando”, Diz Bill E., do Comitê de Informação Pública de Nova Jersey, “chega a nós um pedido para enviar um orador para falar numa escola primária ou diante de um grupo de escoteiros a respeito dos perigos do Álcool – com a esperança de contribuir para que esses jovens parem e pensem antes de experimentar a bebida. Mas, A.A. têm algo a ver com esse assunto?”.
            Num artigo publicado no n´mero de verão (1998) do boletim do Intergrupo / Serviços Gerais de Nova Jersey da Área 44, This Day, Bill diz, “seria converter meu maior desejo em realidade se ninguém tivesse que passar pelo inferno do alcoolismo ativo como eu passei. Mas temos que lembrar que não somos uma sociedade antialcoólica, nem advogamos pela abstinência do álcool. Os movimentos e a legislação antialcoólica do passado fracassaram.
            Todos conhecemos muitas pessoas que podem tomar bebida alcoólica sem problema algum. Nós, os AAs, não podemos fazê-lo. Temos uma capacidade especial para levar a mensagem de recuperação do alcoolismo. Mas essa experiência não nos habilita para falar dos perigos do álcool em geral. Para a maioria das pessoas, o álcool não é um perigo”.
            Ademais, comenta Bill, existe o princípio de não opinar sobre assuntos alheios à Irmandade e a advertência enunciada na Décima Tradição, que diz “... o nome de A.A. jamais deverá aparecer em controvérsias públicas”. Ao falar perante um grupo não A.A., somos membros de A.A. embora se recomende que ao fazer qualquer apresentação deste tipo, expliquemos com clareza que não falamos em nome de A.A. Alcoólicos Anônimos não opina sobre a fabricação, distribuição, venda ou consumo de álcool. Não temos opinião a respeito de qual deve ser a idade estabelecida por lei para tomar bebidas alcoólicas nem a respeito da proporção álcool/sangue que constitui a embriaguez desde o ponto de vista legal. Pode parecer duro dizer que não nos importam essas questões; muitos de nós temos opinião já formada a esse respeito. Entretanto, como membros de A.A. não temos opinião a respeito de assuntos alheios. E estes, são assuntos alheios.
            Então, mais precisamente, onde levamos a mensagem? “Levamos a mensagem a qualquer pessoa ou grupo que queira saber o que A.A. é e o que faz. Não somos especialistas em alcoolismo. Não levamos a mensagem genérica, ‘não beba’. Mas, se uma pessoa tem problemas com o álcool, dizemos-lhe ‘não beba e venha as reuniões’
            Na Área da Costa Norte da Califórnia, Tim P., coordenador cos Comitês de Informação Pública e de Cooperação com a Comunidade Profissional do condado de Sonoma, faz uma advertência a respeito de falar perante grupos não A.A. No número de julho do boletim do Intergrupo da Comunidade de Sonoma, diz que “é fácil se desviar – afastar se do único tema que temos que compartilhar ali: nosso alcoolismo e a recuperação em A.A.”.

            Por exemplo, ele explica, “é possível que suponha um grande desafio responder com toda sinceridade à questão das drogas, de uma maneira que justifique a confiança que a comunidade depositou em nós, e que, ao mesmo tempo, sejamos capazes de encerrar essa questão (das drogas) e voltar ao tema principal que é o alcoolismo e Alcoólicos Anônimos”.

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