Box 4-5-9,
Out./Nov. 2008 (pág. 9-10) => http://www.aa.org/newsletters/es_ES/sp_box459_oct-nov08.pdf
Título original: “La declaración de la responsabilidad: un
tema que perdura”
Sob
qualquer padrão de medida que se queira utilizar, Alcoólicos Anônimos tinha
alcançado em 1965 um sucesso que
parecia superior ao que pudessem ter imaginado seus dois cofundadores trinta
anos antes. Com aproximadamente 350.000 membros no mundo todo, a Irmandade
tinha-se convertido numa instituição bem conhecida na América do Norte, e
muitos profissionais que trabalhavam na área da recuperação acreditavam que
A.A. era a mais clara e melhor solução para o tratamento do alcoolismo. No
começo de julho de 1965,
aproximadamente 10.000 membros congregaram-se em Toronto, Canadá, para
participar da IV Convenção Internacional que resultou ser uma boa ocasião para
alardear e se recrear nos logros de A.A.
Entretanto,
a Convenção também se dedicou a fazer um destemido inventário e, especialmente,
ao tema da responsabilidade. Bill W. introduziu oficialmente o Termo de
Responsabilidade que diz “Eu sou Responsável... quando qualquer um,
seja onde for, estender a mão pedindo ajuda, quero que a mão de A.A. esteja
ali. E por isto: eu sou responsável”.
O
autor dessa declaração foi Al S., que contou a historia de sua concepção na VI
Convenção Internacional de Denver em 1975;
“buscava-se uma declaração (sobre a
responsabilidade), que tivesse o efeito de captar emocionalmente os AAs sem
impor nenhum dever”, lembrou Al.
Depois de varias tentativas, teve a ideia de que deveria ser uma decisão e uma
responsabilidade pessoal – “Eu” no
lugar de “nós”. Dez mil membros de
A.A. juntaram-se e, de mãos dadas fizeram pela primeira vez a declaração desse
Termo na Convenção de Toronto, e desde então se tem distribuído por toda a
Irmandade e se reimprime nos folhetos de A.A. e na Revista Grapevine.
Porque
a essa declaração foi escrita e aceita naquele momento? Uma possível razão é
que Bill W. e outras lideranças em A.A. haviam detectado alguns problemas que
poderiam afetar a capacidade futura de A.A. ajudar os alcoólicos.
Em
1963, uma revista nacional tinha
publicado uma matéria de capa muito crítica em relação a A.A. a qual sugeria
que a Irmandade já não dava tão bons resultados. Os profissionais no campo do
alcoolismo, não alcoólicos, sentiam-se inquietos diante das atitudes e ações de
alguns membros de A.A. – um deles inclusive iria falar na Convenção de Toronto.
Alguns insinuaram que estava na hora de A.A. “fazer seu inventário”.
Bill
W. considerou detidamente o tema num artigo intitulado “Nosso lema: a Responsabilidade”, publicado no número de julho de 1965 na revista Grapevine. Disse ser
possível que estivéssemos alienando alguém devido à nossa arrogante convicção
de sempre estar com a razão e nossa solução para o alcoolismo ser a única.
Tínhamos que corrigir essas atitudes e esse comportamento para continuar a
alcançar o alcoólico que estava sofrendo.
Bill
W. disse: “Se fizer um inventário dos
defeitos de A.A., podem estar seguros de que também estarei fazendo o meu
próprio. Sei que meus erros de ontem ainda têm repercussões, e meus erros
de hoje podem igualmente afetar nosso
futuro. Assim acontece com todos e cada um de nós.
Nossa próxima responsabilidade será a
de apadrinhar, de maneira inteligente e carinhosa, cada homem e cada mulher que
recorra a nós em busca de ajuda. O empenho e o amor com que nos dispormos a
realizar essa tarefa, individual ou coletivamente, terão importância decisiva”
Complemento:
Houve
duas Ações Recomendáveis da Conferência de Serviços Gerais em relação ao termo
de Responsabilidade. A primeira, em 1971,
a Conferência, recomendou que o Comitê de Literatura reafirmasse nas suas
publicações o texto “Eu sou responsável”
conforme a Convenção Internacional realizada em Toronto em 1965. A segunda, em 1977,
a Conferência recomendou que o texto dessa declaração nunca fosse mudado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário