Box 4-5-9, Abr. Mai. 2008 (pag. 4) => http://www.aa.org/newsletters/es_ES/sp_box459_april-may08.pdf
Título original: “Imágenes de la Conferencia anual”
Durante
muitos anos, quando não eram permitidas câmaras fotográficas nas salas de
Justiça da Cidade de Nova York, Al H., artista e membro de A.A., assistia aos
processos e desenhava os notórios e notáveis para os programas de noticias de
televisão. Essa época chegou ao fim já faz alguns anos quando foi levantada a
proibição de fazer fotografias nos julgamentos.
Al, que tem 36 anos de sobriedade em
A.A. e estudou Arte no Arts Students League de Nova York e no Colorado Springs
Fine Arts Center, faz já muitos anos que trabalha para a A.A.W.S – Serviços
Mundiais de A.A.
Faz trinta anos que tem o trabalho
regular de fazer os desenhos na Conferência de Serviços Gerais de A.A. anual
que são publicados no Relatório Final da Conferência.
Al começou a trabalhar como
ilustrador através de um contato no seu Grupo base. Um membro do pessoal do
Escritório de Serviços Gerais – ESG, que também era membro do mesmo Grupo, onde
quase todos conheciam a profissão de Al. No ESG estava sendo considerada a
possibilidade de incluir ilustrações no Relatório Final. Obviamente, não se
podiam publicar fotografias. Quando foi sugerido o uso de desenhos, esse membro
do pessoal do ESG disse, “Conheço alguém
que ganha a vida desenhando”.
Ao lembrar essas primeiras
Conferências, uma das diferenças que Al observa são as roupas de vestir. “As pessoas vestiam-se com roupa casual e
alguns usavam grandes chapéus de cowboy. Agora os participantes vestem num
estilo mais formal”.
Al trabalha a maior parte do ano
pintando a óleo, que é muito diferente de fazer desenhos lineares que aparecem
no Relatório da Conferência.
“Alguns meses antes de começar a
Conferência assisto a algumas aulas de rascunho. Desenhar é parecido com tocar
piano – é preciso praticar. Trabalho com pena e tinta porque é mas expressivo
que lápis ou carvão. As aulas me ajudam a aperfeiçoar a técnica”.
Al
faz alguns poucos desenhos durante o ano, mas não é a preparação ideal para os
trabalhos da Conferência.
“Vou ao Parque Central e desenho
algumas árvores que não se mexem. Captar uma pessoa num desenho é algo muito
diferente. As pessoas na Conferência não estão posando para quadros”.
Al
foi artista comercial antes de ser artista das salas de Justiça, trabalho que
começou depois de alcançar a sobriedade. “A
grande diferença entre trabalhar como artista sóbrio e artista bêbado é que
quando consegui minha sobriedade me tornei responsável. Chamaram-me de uma
emissora às seis da tarde e me disseram ‘queremos que se apresente amanhã
de manhã na câmara do Senado’. E ficava
completamente maravilhado de que confiassem em que eu estivesse lá; mas não me
conheceram antes de conseguir a sobriedade. Neste ponto da minha carreira as
pessoas podiam confiar em mim. Antes, quando bebia, não podia confiar sequer em
me apresentar num encontro para salvar a minha vida”.
Durante
os primeiros dias em A.A., Al encontrou-se com Bill em algumas reuniões em
Manhattan. Mas Bill morreu antes que Al começa-se a trabalhar nas Conferências.
Al fez alguns retratos de Lois que comparecia regularmente aos jantares da
Conferência. “Ao folhear alguns dos
Relatórios dessas Conferências, vi no Relatório de 1964 um desenho que fiz de
Lois. E lembro que não foi do seu agrado”.
Que
outras mudanças percebeu durante os anos que trabalhou para o ESG? “Espero ter chegado a ser um artista melhor”
diz Al. “Os velhos desenhos parecem-me um
pouco apertados e carregados. Hoje trato de mantê-los simples e abertos. Gosto
de considerar os desenhos como um espaço para respirar entre todo o texto”.
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