Box 4-5-9, Out. Nov. 1984 (pág. 1-2) => http://www.aa.org/newsletters/es_ES/sp_box459_oct-nov83.pdf
Titulo original: “¿Qué es una Conciencia de Grupo Bien Informada’?”
- Quando A.A. tinha apenas dois anos de
existência e Bill W. estava quebrado, um amigo, com boas intenções,
ofereceu-lhe um posto tentador como terapeuta leigo, com seu próprio
consultório, uma conta corrente à vista no banco e uma generosa parte nos
benefícios. Entusiasmado, Bill foi para a sua casa; era noite de reunião
no salão de baixo e Bill diz “Apressei-me
a contar-lhes a história da oportunidade que se apresentava a mim”.
Mas, os demais membros resistiram a que seu cofundador se convertesse num
AA profissional, e Bill não o fez. Foi exercida a consciência de Grupo.
- Quando seu Grupo elege um coordenador, e não
escolhe Joaquim L., um veterano popular que já desempenhou bem essa
função, favorecendo Rosa N., sem tanta graça talvez, mas uma mulher de
confiança é exercida a consciência de Grupo.
- Talvez os membros do seu Grupo não possam
decidir se deve ou não mudar o formato de uma reunião ou pagar cotas ao
clube onde se reúne para celebrar seus aniversários. Ninguém tem razão
necessariamente. Mas quando a questão é colocada para discussão e votação
é provável que a consciência de Grupo vá prevalecer.
Embora nem sempre compreendida, a consciência de Grupo, como definida na
Segunda Tradição, é, entretanto, um conceito básico e poderoso que possibilita
que indivíduos de procedência e temperamento diversos possam ir além das suas
ambições pessoais e se unirem num objetivo comum: manterem-se sóbrios e ajudar
o alcoólico que ainda sofre a alcançar a sobriedade.
Não era fácil consegui-lo. Como Bill W. contou: “Poucos obstáculos foram mais difíceis de
eliminar do que aqueles que fecharam o passo à ideia de que a consciência de Grupo
de A.A. deve ser a única e última autoridade nos nossos assuntos”.
No decorrer dos anos, a experiência, o trabalho por
tentativas, demonstrou que os Grupos de A.A. não quiseram que os diretores dos
assuntos que se referem aos seus princípios e ao serviço, fossem escolhidos por
outros; queriam dirigir seus assuntos por si próprios. Ademais, ficou claro que
eles podiam realizar este desejo de uma maneira muito eficaz. Como disse Bill: “A consciência de Grupo adequadamente
esclarecida sobre os fatos, os problemas e os princípios em questão,
frequentemente era mais assertiva que qualquer líder nomeado por ele mesmo ou
pelos outros”
Na maioria dos casos não é tão fácil
chegar à consciência de Grupo. Recentemente, Lawrence H., de Orornocto, NB,
Canadá, formulou este problema ao Escritório de Serviços Gerais – ESG: “Numa reunião de eleição da nossa Assembleia
de Área, alguns membros que haviam servido como MCD´s faz uns dez anos,
deixaram que seus nomes ficassem incluídos entre os candidatos para Delegado,
inclusive depois de uma discussão que durou uma hora. O problema é que o atual
‘Manual de Serviço de A.A.’ diz:
‘Podem-se candidatar os membros do Comitê
atuais ou antigos’. Anteriormente
dizia ‘... podem ser membros do Comitê em exercício, ou que se demitem ou ambas as coisas’”.
Na resposta, o ESG assinalou que “o Manual de Serviço não é um conjunto de
leis inflexíveis, mas, apenas uma compilação de sugestões que podem ser
utilizadas da maneira que se deseje para estabelecer guias para a elegibilidade
de candidatos a qualquer encargo”.
Continuando, o ESG ofereceu outras
sugestões: “Estas decisões devem ser
tomadas e submetidas a votação antes das eleições. Se, por exemplo, sua Área
decide que os MCD´s que exerceram o encargo há muitos anos atrás não são elegíveis,
esta decisão deve ser tomada em uma reunião de assembleia amplamente divulgada
antes da eleição. Quando estas questões são submetidas a votação, os membros
deverão ouvir as razões de ambas as partes e ter a oportunidade de manifestar
suas preocupações. A Quarta Garantia do Decimo Segundo Conceito, recomenda
‘que todas as decisões importantes sejam tomadas através de discussão, votação
e, sempre que possível, por substancial unanimidade’”. Em outras palavras, a responsabilidade de tomar a decisão foi
devolvida a quem pertencia – à consciência de Grupo esclarecida da Área de New
Brunswik, Nebraska.
Dutch O., de Fort Lupton, Colorado,
apresenta uma questão relacionada com o assunto: “Quando é o momento apropriado para buscar a consciência de Grupo? Com
quanto tempo de antecedência deve ser avisada a reunião para discutir a questão
antes de agir sobre ela? E, quantos membros deverão estar presentes para que se
possa começar a trata-la?”.
Respondendo a estas perguntas, o ESG
sugeriu que seria apropriado buscar a consciência de Grupo quando houver um
problema que devesse ser submetido a votação. A frase “consciência de Grupo esclarecida”, geralmente significa que todas
as informações necessárias foram estudadas e todos os pontos de vista foram
expressos antes que o Grupo vote.
As experiências de Grupo
compartilhadas com o ESG, indicam que é uma boa ideia que sejam notificados
todos os membros do Grupo que possam fazer parte com uma boa antecedência; geralmente duas
semanas é o suficiente. Alguns Grupos dizem que dois terços dos membros deverão
estar presentes, mas nem sempre é possível reunir tantas pessoas. Cada Grupo
baseando-se na sua própria experiência estabelece suas próprias regras com
relação à proporção necessária de votos, mas, sempre com o objetivo de alcançar
uma “substancial unanimidade”.
Como escreveu Bill em relação à
Quarta Garantia: “Quando uma decisão que
foi tomada por substancial unanimidade resulta equivocada, não pode haver
recriminações acaloradas. Todos poderão dizer: ‘Bom, debatemos a questão,
tomamos a decisão, mas resultou ser uma decisão ruim. Que tenhamos mais sorte a
próxima vez! ’”.
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