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segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

5.6. O anonimato e as redes sociais


Box 4-5-9, Inverno (Dez.) 2009 (pág. 8-9) => http://www.aa.org/newsletters/es_ES/sp_box459_holiday09.pdf
Título original: “El anonimato y el Internet” (Também traduzido e adaptado pelo CATI-JUNAAB para o Brasil)

No mundo atual com o ritmo acelerado da alta tecnologia, os membros de A.A. estão acessando a Internet em número cada vez maior e de forma que não poderia ter sido imaginado até dez anos atrás. O bate-papo online de membros em todo o mundo se tornou comum, e uma quantidade enorme de informações sobre o alcoolismo e AA é obtida apenas com um clique do mouse. Portanto, com a amplitude do alcance da Internet vieram desafios, preservar as Tradições de A.A. no universo online é um assunto importante para todos na Irmandade.
Tal como acontece com vários temas que são abordados pelo AA, o Escritório de Serviços Gerais – ESG compilou um conjunto de Orientações sobre a Internet (MG-18) (no Brasil os Guias de orientação de A.A. na Internet aprovadas pela XXXIV CSG) com base na experiência compartilhada dos membros de A.A., através de seus comitês e comissões, que cobrem muitas das questões que esta nova tecnologia nos trás. Uma dessas áreas de preocupação é a questão do anonimato online, particularmente no que se refere aos sites de redes sociais, o que levou-nos a ter um olhar mais atento para a literatura de A.A. e como as Tradições de A.A. podem ser mais bem aplicadas neste meio popular de comunicação.
"Qual é o propósito do anonimato em Alcoólicos Anônimos?" e, "Por que é frequentemente referido simplesmente como a melhor proteção que a Irmandade tem para garantir a sua existência e crescimento?".
Para estas perguntas a Conferência de Serviços Gerais de A.A. aprovou o panfleto, "Entendendo o anonimato" (EUA/Canadá), que esclarece sobre anonimato e as Tradições de A.A., trata da publicação em artigo de jornal/revistas ou sites na Internet, sobre o nome completo ou fotos de membros de A.A..
"Se olharmos para a história da AA, desde o seu início em 1935 até agora,", diz o folheto, “é claro que o anonimato serve para duas funções diferentes, mas igualmente vitais:
Ao nível pessoal, o anonimato fornece proteção para todos os membros identificados como alcoólatras, um salvaguarda de segurança, muitas vezes de importância crucial para recém-chegados.
Ao nível da imprensa, rádio, TV, filmes e novas tecnologias de mídia como a Internet, o anonimato sublinha a igualdade na Irmandade de todos os membros, colocando um freio sobre aqueles que poderiam explorar sua filiação em AA para conseguir o reconhecimento, poder, ou ganho pessoal".
Quanto à pergunta específica, "Sobre o anonimato online?”, os Guias de Orientações de A.A. na Internet dizem: "Um Web Site é um meio público, que tem o potencial de atingir o público mais amplo possível e, por conseguinte, exige as mesmas garantias que usamos ao nível da imprensa, rádio e cinema".
No entanto, o ESG recebe numerosas comunicações de membros preocupados com quebras de anonimato online, uso inadequado do nome e direitos autorais e marcas registradas de A.A., matérias sendo indevidamente usados em sítios de redes sociais como Facebook, MySpace, Twitter, Orkut e outros. Estes sítios oferecem aos indivíduos a oportunidade de postar uma grande quantidade de informações pessoais (e outras), e também permitem que os usuários criem redes sociais de “grupos" ou "eventos" para pessoas com interesses afins.
Alguns membros não publicam em seus perfis nada que seja relacionado ao A.A., enquanto outros entendem que é correta a publicação, desde que não seja especificamente mencionado A.A., já outros colocam abertamente a condição de membros de A.A.
Um membro nos escreveu o seguinte: “Digitei ‘Alcoólicos Anônimos’ num desses sítios de redes sociais e surgiu uma comunidade com mais de 6.600 membros. Entendi que parecia ser um lugar seguro para frequentar por isso achei que estava tudo bem. Então entrei para ver quem eram os membros e quando a página abriu vi o nome e o sobrenome dos membros dessa comunidade, muitos com fotos. A partir daí, dependendo das configurações de privacidade das pessoas, pude ver facilmente informações pessoais sobre essas pessoas, suas famílias e amigos”.
“Eu fui apadrinhado sobre a importância de nossas tradições", continua dizendo o membro de A.A. “e de manter nossa Irmandade da mesma maneira que a encontramos... Em minha opinião esta página não reflete o que é de A.A.”.
Na sua resposta a outro membro de A.A. que escreveu ao ESG expressando inquietações semelhantes, o membro do pessoal do ESG responsável pela seção de Informação Pública diz: “Alguns membros de A.A. acham que sítios de redes sociais são um espaço privado; outros membros discordam fortemente e os entendem como um ambiente público. Os guias de Orientação de A.A. na Internet definem que os sítios de redes sociais são de ‘natureza pública’".
 Quando é alertado sobre eventual quebra de anonimato a nível público – em revistas, jornais, televisão, etc., e depois de comprovar que realmente se tratava de uma quebra de anonimato, o ESG normalmente encaminha o caso para o Delegado da Área onde reside o membro para que se encarregue de resolver esse assunto da maneira que lhe pareça oportuno (o Delegado da Área geralmente envia um lembrete amigável para esse membro falando a respeito da importância da Décima Primeira Tradição).
Em relação à Internet, o método atual de abordar a quebra de anonimato de um membro em nível público “não se aplica bem aos sítios das redes sociais”.
Dada a popularidade alcançada pela Internet e o grande número de pessoas envolvidas. A questão do anonimato passou a ser preocupante, e procuramos na experiência compartilhada acumulada dentro da Irmandade a respeito deste meio de comunicação em rápida evolução, observar as palavras de Bill W. quando descreve o anonimato como “o alicerce espiritual das nossas Tradições”.
Como a maioria dos assuntos em A.A., independentemente de como a Internet e novas tecnologias possibilitem um e outro membro compartilharem, há grande benefício ha ser alcançado se tivermos um cuidado e uma avaliação prudente sobre esse assunto que causa preocupação para muitos membros. Falar com os padrinhos em A.A. e outros companheiros a respeito de como aplicar as Tradições “on line”, possivelmente oferecerá aos membros que utilizam esta tecnologia uma melhor compreensão de como nos apresentar como membros de A.A. diante de qualquer pessoa – seja ou não membro de A.A., que possa “entrar” sem avisar nas salas dos muitos sítios das redes sociais

Conforme apresentado no panfleto "Entendendo o Anonimato" (EUA/Canadá), a respeito do anonimato online, a consciência coletiva de AA expressa através de Conferência (EUA/Canadá) aprovou, na sua literatura sugestão que "os lugares de acesso público da Internet, como sites da Web com texto, gráficos, áudio e vídeo deve ser considerados como uma forma de ‘meios de comunicação pública’. Assim, eles precisam ser tratados da mesma maneira como a imprensa, rádio, TV e filmes. Isto significa que os nomes completos e os rostos não devem ser usados, nem dados de identificação​​. No entanto, o nível de anonimato, nos correios eletrônicos, reuniões on-line e salas de chat serão uma decisão pessoal". 

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