Box 4-5-9, Outono 2010 (pág. 4-5) => http://www.aa.org/newsletters/es_ES/sp_box459_fall10.pdf
Título original: “Los miembros perturbadores en las reuniones
de A.A."
No capítulo do Livro Azul “Trabalhando com os outros”, aparece uma
lista de coisas que podem acontecer quando um AA toma a atitude de “Ajudar a outros é a pedra fundamental da
sua própria recuperação”. Ajudar um bêbado pode supor inúmeras visitas a “delegacias, sanatórios, hospitais,
presídios e manicômios. Em outras ocasiões pode acontecer de ter que chamar a
polícia ou uma ambulância. Ocasionalmente, estas situações terão que ser
enfrentadas”. Em resumo, ao assentar a pedra fundamental da recuperação e
ajudar a outros, um membro de A.A. poderá se ver defrontado com alguma pessoa
problemática seja membro também ou não. Nas reuniões onde AAs encontram bêbados
com os quais poderão trabalhar também se apresentam as possibilidades descritas
anteriormente quando se trate de ajudar essas pessoas e, algumas vezes, os
membros mais ponderados terão que interferir para que a reunião possa
prosseguir com sucesso.
Embora os membros de A.A. se esforcem
para adotar certas atitudes e condutas como a de “Amor e tolerância é o nosso lema”, às vezes o comportamento de um
indivíduo perturbador é tão agressivo e ameaçador que resulte difícil ou
impossível ao Grupo alcançar seu objetivo primordial que é o de levar a
mensagem. Além disso, a Primeira Tradição lembra ao grupo que, “Cada membro de A.A. não é mais do que uma
pequena parte da totalidade. É preciso que A.A. sobreviva, caso contrário a
maioria de nós irá morrer. Por isso, nosso bem-estar comum deverá vir em
primeiro lugar”.
A maneira como o Grupo resolve encarar
esses membros perturbadores e ameaçadores podem causar conflitos e controvérsia
e devido a isso muitos membros e Grupos recorrem à experiência compartilhada de
outros que conseguiram superar situações semelhantes. Com frequência, um Grupo,
ou um membro, se põe em contato com o Escritório de Serviços Gerais referindo a
conduta perturbadora de alguém em alguma reunião de A.A. O ESG, além de fazer
com que se realizem as ações recomendadas pela Conferência e pela Junta, também
serve como depositário da experiência acumulada dos Grupos de A.A.
Alguns Grupos têm enviado sugestões a respeito
de formas para enfrentar o comportamento perturbador. Um Grupo recomenda que
algum membro mais experiente se dirija ao indivíduo de maneira informal e
pessoalmente fale com ele no sentido de lhe comunicar o problema e procurar sua
solução. Os membros do Grupo lembram uns aos outros que as Doze Tradições devem
conduzir toda linha de comunicação e todos deverão se esforçar sempre para
antepor os princípios às personalidades e tratar todos com paciência,
tolerância, compaixão e amabilidade.
Outro Grupo contou como enfrentou essa
questão com esse tipo de membro que, porém, não aceitou responder às
solicitações amáveis nem aceitou conversar pessoalmente com nenhum membro
designado pelo Grupo. O Grupo organizou uma reunião de serviço onde a
consciência coletiva foi consultada e os membros decidiram seguir este formato:
1)
Cada
membro poderia falar unicamente duas vezes a respeito de um determinado tema.
2)
Cada
membro somente poderia falar dois minutos a cada vez.
Resultou muito útil ao Grupo definir o
membro perturbador como:
1.1 Uma pessoa que interrompe o bom
andamento de uma reunião de maneira a não poder transmitir a mensagem de A.A.
2.1 Uma pessoa cuja conduta intimida ou
assusta os participantes da reunião ao ponto de não poder escutar a mensagem de
A.A.
Quando
tal situação seja produzida, esse membro será convidado a assistir uma reunião
de serviço convocada para esse fim. Com a presença do membro ou não, o Grupo
considera o problema. Se ele está assistindo se lhe explicam os procedimentos a
serem adotados. É possível que lhe seja pedido para não assistir às reuniões
durante um tempo determinado.
Nesse
caso, o Grupo não está expulsando o membro de Alcoólicos Anônimos mas apenas
lhe pede para que não assista às reuniões daquele Grupo. A Primeira Tradição de
A.A. assegura aos seus membros que, “Nenhum
membro pode obrigar outro a fazer alguma coisa; ninguém poderá ser punido nem
expulso”. Entretanto, é de se esperar que o membro em questão veja a
dificuldade como uma oportunidade de desenvolvimento e continue a assistir suas
reuniões em outros Grupos na região para manter a sobriedade. De maneira geral,
esta ação representa o último recurso depois de esgotadas todas as tentativas
de pedir ao indivíduo que mude sua conduta e seu comportamento.
Bill
W., que sempre recalcou a importância de que os membros se tratem uns aos
outros de maneira tolerante, carinhosa e prestativa, escreveu numa carta em 1969: “Este comportamento não pressupõe que não possamos excluir aqueles que
perturbam as reuniões ou interferem seriamente no bom funcionamento do Grupo.
Temos que lhes dizer que se calem ou que vaiam a outro lugar para voltar quando
estejam em melhor condição para participar”.
E,
de fato, a Bill não lhe eram estranhos os alvoroços, as controvérsias e as
perturbações nas reuniões de A.A. Porém, confiava em que as dificuldades
poderiam resultar em desenvolvimento e progresso. No livro “A.A. atinge a maioridade”, diz, “Imagino que, dentro de A.A., sempre vamos ter desacordos e discussões.
A maior parte das vezes, estas discussões irão tratar de qual a melhor maneira
de fazer o maior bem para o maior número de alcoólicos. Superar este tipo de
problemas na escola da dura experiência de A.A. é um exercício salutar”.
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