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segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

7.43. A espiritualidade se conhece pelas obras

Box 4-5-9, Fev. Mar. 1997 (pág. 7) => http://www.aa.org/newsletters/es_ES/sp_box459_feb-mar97.pdf
Título original: La espiritualidad se conoce por las obras”.

            O Preâmbulo de A.A. define com clareza: “A.A. não está ligada a nenhuma seita ou religião, nenhum movimento político, nenhuma organização ou instituição”. A este respeito escreve Frana K., de Glenside, Pensilvânia, “quando cheguei em A.A. faz 28 anos, um dos aspectos mais atrativos desta organização milagrosamente desorganizada era a escrupulosa distinção que se fazia entre a Irmandade e a religião. Da mesma maneira que muitos membros novos, sentia-me muito incomodada com a religião tal como eu a tinha conhecido, e tinha pouca experiência com a espiritualidade”.
            Atualmente, Frana diz, “sou grata por saber que todo o que de bom tenho, minha sobriedade, minha vida, minha família, minha sanidade e inclusive meu conceito de um poder superior – devo às realidades espirituais que me ensinaram através do programa de A.A. Ao mesmo tempo compreendi que a mudança pode ser boa quando significa desenvolvimento, Mas quando dilui ou deforma as nossas Tradições, acredito que está na hora de consultar a consciência de Grupo”.
            Infelizmente, ela diz, “devido a que os centros de tratamento se converteram num grande negócio, cada vez mais bêbados inocentes saem da cadeia de produção e são descarregados às portas de A.A. trazendo uns conhecimentos tão rudimentares que apenas lhes servem para criar mais problemas... Embora muitos de nos de maneira cordial e cortês toleramos o uso de alguma oração cristã, devido a sua importância sentimental para a história deste programa extraordinário, acredito que devamos fixar um limite. Está em total desacordo com o espirito das nossas Tradições ecumênicas ter um coordenador que nos anime a rezar com a pergunta ‘o Pai de quem?’ e ainda pior, ‘quem nos mantem sóbrios?’ em que pesem as boas intenções, o efeito é ofensivo.
Essas perguntas pedem uma afirmação de fé que apenas é indicada numa igreja. Quando todo o Grupo responde a essas perguntas dizendo ‘Pai nosso, que estais no céu...’ todos os membros estão manifestando seu apoio a uma religião em particular. E isto não tem nada a ver com A.A. Alcoólicos Anônimos tem a ver unicamente com a recuperação através de princípios espirituais aos quais qualquer pessoa com religião ou sem religião pode-se adaptar – princípios estes que nos unem para que nós, como membros do Grupo, possamos nos ajudar, uns aos outros, a mantermo-nos sóbrios e nos agarrar ao nosso objetivo primordial como expressado na Quinta Tradição: ‘Levar a mensagem ao alcoólico que ainda sofre’”.


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