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sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

1.5. A origem das ilustrações nos materiais de A.A.


Box 4-5-9, Abr. Mai. 2008 (pag. 4) => http://www.aa.org/newsletters/es_ES/sp_box459_april-may08.pdf
Título original: “Imágenes de la Conferencia anual”

Durante muitos anos, quando não eram permitidas câmaras fotográficas nas salas de Justiça da Cidade de Nova York, Al H., artista e membro de A.A., assistia aos processos e desenhava os notórios e notáveis para os programas de noticias de televisão. Essa época chegou ao fim já faz alguns anos quando foi levantada a proibição de fazer fotografias nos julgamentos.
            Al, que tem 36 anos de sobriedade em A.A. e estudou Arte no Arts Students League de Nova York e no Colorado Springs Fine Arts Center, faz já muitos anos que trabalha para a A.A.W.S – Serviços Mundiais de A.A.
           
Seus desenhos podem ser vistos também em “Os Doze Passos Ilustrados” e “A.A. é para mim?”.
            Faz trinta anos que tem o trabalho regular de fazer os desenhos na Conferência de Serviços Gerais de A.A. anual que são publicados no Relatório Final da Conferência.
            Al começou a trabalhar como ilustrador através de um contato no seu Grupo base. Um membro do pessoal do Escritório de Serviços Gerais – ESG, que também era membro do mesmo Grupo, onde quase todos conheciam a profissão de Al. No ESG estava sendo considerada a possibilidade de incluir ilustrações no Relatório Final. Obviamente, não se podiam publicar fotografias. Quando foi sugerido o uso de desenhos, esse membro do pessoal do ESG disse, “Conheço alguém que ganha a vida desenhando”.
            Ao lembrar essas primeiras Conferências, uma das diferenças que Al observa são as roupas de vestir. “As pessoas vestiam-se com roupa casual e alguns usavam grandes chapéus de cowboy. Agora os participantes vestem num estilo mais formal”.
            Al trabalha a maior parte do ano pintando a óleo, que é muito diferente de fazer desenhos lineares que aparecem no Relatório da Conferência.
“Alguns meses antes de começar a Conferência assisto a algumas aulas de rascunho. Desenhar é parecido com tocar piano – é preciso praticar. Trabalho com pena e tinta porque é mas expressivo que lápis ou carvão. As aulas me ajudam a aperfeiçoar a técnica”.
Al faz alguns poucos desenhos durante o ano, mas não é a preparação ideal para os trabalhos da Conferência.
“Vou ao Parque Central e desenho algumas árvores que não se mexem. Captar uma pessoa num desenho é algo muito diferente. As pessoas na Conferência não estão posando para quadros”.
Al foi artista comercial antes de ser artista das salas de Justiça, trabalho que começou depois de alcançar a sobriedade. “A grande diferença entre trabalhar como artista sóbrio e artista bêbado é que quando consegui minha sobriedade me tornei responsável. Chamaram-me de uma emissora às seis da tarde e me disseram ‘queremos que se apresente amanhã de manhã na câmara do Senado’. E ficava completamente maravilhado de que confiassem em que eu estivesse lá; mas não me conheceram antes de conseguir a sobriedade. Neste ponto da minha carreira as pessoas podiam confiar em mim. Antes, quando bebia, não podia confiar sequer em me apresentar num encontro para salvar a minha vida”.
Durante os primeiros dias em A.A., Al encontrou-se com Bill em algumas reuniões em Manhattan. Mas Bill morreu antes que Al começa-se a trabalhar nas Conferências. Al fez alguns retratos de Lois que comparecia regularmente aos jantares da Conferência. “Ao folhear alguns dos Relatórios dessas Conferências, vi no Relatório de 1964 um desenho que fiz de Lois. E lembro que não foi do seu agrado”.

Que outras mudanças percebeu durante os anos que trabalhou para o ESG? “Espero ter chegado a ser um artista melhor” diz Al. “Os velhos desenhos parecem-me um pouco apertados e carregados. Hoje trato de mantê-los simples e abertos. Gosto de considerar os desenhos como um espaço para respirar entre todo o texto”.

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