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segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

6.6. A exclusão do Circulo e do Triangulo como símbolo oficial de A.A.

Box 4-5-9, Ago. Set. / 1993 (pág. 6-7) => http://www.aa.org/newsletters/es_ES/sp_box459_aug-sept93.pdf
Título original: “Desprendiéndonos del círculo y el triángulo como un símbolo ‘oficial’ de AA"


Durante muito tempo, um triângulo inscrito em um círculo foi reconhecido como o símbolo de Alcoólicos Anônimos. Entretanto, o círculo e o triângulo também constam entre os mais antigos símbolos espirituais conhecidos pela humanidade. Para os antigos egípcios o triângulo representava a inteligência criativa; para os gregos, significava a sabedoria. Geralmente, representa a aspiração de alcançar um entendimento mais elevado e uma maior compreensão do espiritual.
            Na Convenção Internacional em 1955, durante a celebração do 20º aniversário de A.A., foi aceito o triângulo inscrito num círculo como o símbolo de Alcoólicos Anônimos. “O circulo”, disse Bill W. aos AAs reunidos em St. Louis, “simboliza o mundo inteiro de A.A., e o triângulo representa os Três Legados de A.A., - Recuperação, Unidade e Serviço. Dentro do nosso maravilhoso mundo novo, encontramos a libertação de nossa obsessão mortal”.
            O símbolo foi registrado como marca oficial de A.A. em 1955, e foi livremente usado por várias entidades de A.A., o qual funcionou bem durante um bom tempo. Entretanto, por volta da metade dos anos 1980 começou a haver certa preocupação por parte dos membros da Irmandade a respeito da utilização do círculo e do triângulo por organizações alheias a A.A. Em conformidade com a Sexta Tradição que diz que A.A. “... nunca deverá sancionar, financiar ou emprestar o nome de A.A. a qualquer sociedade parecida ou empreendimento alheio à Irmandade...”, A.A. World Services – Serviços Mundiais de A.A., começou, em 1986, a tomar algumas providencias para prevenir a utilização do círculo e do triângulo  por entidades alheias, incluindo fabricantes de brindes, casas editoras e instituições de tratamento. Esta política de desestímulo foi realizada com moderação e, tão somente depois que todas as tentativas de persuasão e conciliação tinham fracassado, foi considerado empreender ações legais. De fato, dos aproximadamente 170 usuários não autorizados que foram contatados, apenas foram apresentadas demandas contra dois deles e o assunto foi resolvido logo no início.
            No começo dos anos de 1990, alguns membros da Irmandade pareciam dizer duas coisas: “queremos medalhas com nosso círculo e triângulo”, e, “não queremos nosso símbolo associado com objetivos não A.A.”. O desejo de alguns membros de A.A. de ter fichas de aniversário foi considerado pelas juntas de A.A. World Services e da Revista Grapevine (equivalente à Vivência) em outubro de 1990, quando foi estudada a possibilidade de produzir medalhas. Foi do parecer dessas juntas que as fichas e as medalhas não tinham relação com o nosso propósito primordial de levar a mensagem de A.A. e que este assunto deveria ser tratado pela Conferência para obter a opinião da consciência de Grupo da Irmandade. A essência desta decisão foi transmitida à Conferência de Serviços Gerais de 1991 no relatório da Junta de A.A.W.S.
            A Conferência de Serviços Gerais de 1992 começou enfrentando o dilema ouvindo apresentações a respeito de porque devemos ou não produzir medalhas e, sobre a responsabilidade de A.A.W.S. de proteger nossas marcas registradas e os direitos de propriedade contra usos que pudessem sugerir afiliação com fontes alheias.
            O resultado foi uma Ação Recomendável da Conferência para que a Junta de Serviços Gerais desse inicio a um estudo a respeito da viabilidade de possíveis métodos através dos quais se poderiam colocar as fichas de sobriedade a disposição da Irmandade, seguido de um relatório a um Comitê ad hoc (para esse fim) constituído por Delegados à Conferência de 1993, o qual informaria todos os membros da Conferência no seguinte mês de março (nos EUA/Canadá, as Conferências são realizadas no mês de abril).
            Após longas considerações, o Comitê ad hoc apresentou seu relatório e recomendações à Conferência de 1993. Depois de uma discussão, a Conferência aprovou duas das cinco recomendações apresentadas:
1)      O uso de fichas e medalhas de sobriedade é um assunto de autonomia local e não algo sobre o que a Conferência deva consignar uma posição definitiva;
2)      Não é apropriado que A.A.W.S ou a Grapevine produzam ou autorizem a produção de fichas e medalhas de sobriedade.
Entre as considerações incluídas no informe do Comitê ad hoc, encontravam-se as repercussões de continuar protegendo por meios legais o uso das marcas registradas de A.A. por parte de organizações alheias.
Coincidentemente, a Junta de A.A.W.S. tinha começado a considerar alguns acontecimentos recentes, chegando finalmente à conclusão de que as perspectivas de litígios cada vez mais longos e custosos, a incerteza de conseguir sucesso e o desvio do propósito primordial de A.A. eram grandes demais para justificar a continuação das tentativas de proteger o círculo e o triângulo. Durante a reunião pós-conferencial da Junta de Serviços Gerais, os Custódios aceitaram a recomendação de A.A.W.S. de não continuar a proteção do símbolo do círculo e do triângulo como uma das nossas marcas registradas.
No começo de junho (1993), a Junta de Serviços Gerais apoiou por unanimidade substancial a declaração de A.A.W.S. de que, de acordo com nosso propósito original de evitar a sugestão de afiliação ou associação com produtos e serviços alheios, Alcoólicos Anônimos World Service, Inc. deixará progressivamente de fazer uso “oficial” ou “legal” do símbolo com o círculo e o triângulo. A.A.W.S. continuará resistindo ao uso não autorizado de outras marcas e qualquer tentativa de publicar literatura de A.A. sem permissão.
É claro, o circulo e o triângulo sempre irão ter um significado especial no coração e na mente dos membros de A.A., no sentido simbólico, como o tem a Oração de Serenidade e os lemas, que nunca tiveram um caráter oficial.

Saiba como era até aqui (1993):






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